Na sessão de encerramento do 48º Congresso da APAVT (Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo), o presidente Pedro Costa Ferreira expressou preocupações sobre os desafios enfrentados pelas regiões turísticas de Portugal, destacando questões como cativações e um “labirinto de regras desnecessárias”.
No discurso proferido no último dia do evento, Costa Ferreira reconheceu o trabalho de estruturação de produtos realizado pelo Porto e outras regiões turísticas do país. No entanto, ressaltou a “luta tremenda” que essas regiões enfrentam para utilizar os recursos financeiros que lhes foram formalmente atribuídos.
“A vida das regiões de turismo, ultimamente, arrasta-se entre as famigeradas cativações e um labirinto de regras desnecessárias, que prejudicam o trabalho e atrasam a implementação das políticas”, indicou o presidente da APAVT.
48º Congresso da APAVT

Costa Ferreira expressou satisfação pelos temas abordados, pelos debates realizados e pelas conclusões alcançadas durante o congresso. “Olhámos para as dificuldades de curto prazo, um país com orçamento mas sem direção, e percebemos bem como elas estão fundadas em estratégias indefinidas, em decisões proteladas, e numa cultura laxista que tardamos em deixar cair, substituindo-a por uma cultura de responsabilidade e de compromisso, que olhe em frente e veja mais longe”, afirmou.
“Neste âmbito, é evidentemente preocupante que, uma vez mais, estejamos cheios de dúvidas e rodeados de incerteza, relativamente a processos estratégicos fortemente impactantes, como sejam a solução para o aeroporto de Lisboa, uma resolução relativamente à ferrovia ou a decisão da privatização da TAP”, continuou.
“Inteligência Artificial, A Revolução Do Século XXI”
Pedro Costa Ferreira salientou que, durante o congresso, houve uma imersão no universo da inteligência artificial, com diversos oradores a realçarem as infinitas potencialidades desta tecnologia. Em três conclusões, o presidente enfatizou que a inteligência artificial representa um “momento disruptivo”, exigindo uma resposta racional dos intervenientes para continuarem a criar valor. Além disso, sublinhou a necessidade de uma mudança na visão e estratégia empresarial para aproveitar plenamente as possibilidades da inteligência artificial.
Por último, o líder da APAVT destacou a importância de adotar ferramentas de inteligência artificial para aumentar a “eficiência nas tarefas rotineiras” e melhorar a relação com o cliente.






