A atividade turística francesa recuperou em 2022 e regressou aos valores pré-pandemia, noticia o jornal Lecho Touristique. De acordo com o último relatório publicado pela Atout France, a recuperação observada ao longo do ano é “consolidada” pela análise de vários marcadores.
As receitas turísticas “aproximar-se-ão do recorde de 2019 no final do ano: com um aumento de +6,8% em outubro (em comparação com 2019), as receitas atingiram agora 50 mil milhões de euros, um resultado que deverá garantir que em 2022 o país atingirá o nível recorde de 2019 de 56,7 mil milhões de euros”, explica a organização que promove o destino francês.
Resultados parcialmente ligados à inflação
Receitas geradas em particular pelos mercados de proximidade, liderados pela Bélgica, Alemanha e Reino Unido. Os Estados Unidos, por outro lado, registaram o maior crescimento com receitas “apoiadas por uma taxa de câmbio do dólar que ainda está equilibrada em relação ao euro”, de acordo com a Atout France. A França beneficia de um dinamismo turístico mais sustentado do que alguns dos seus maiores rivais no panorama do turismo mundial, como a Espanha. Mesmo que “estes resultados muito bons estejam também parcialmente ligados à inflação, gerando um aumento acentuado dos preços”, lembra a Atout France.
Com a presença de clientes estrangeiros, as taxas de ocupação na hotelaria “mantêm-se alinhadas com os padrões pré-covid”. Com quase 89% de ocupação, os hotéis em Paris estão a ter um bom desempenho, segundo o relatório. A dinâmica dos preços e o retorno dos clientes mais contribuintes estão a aumentar as receitas, com a RevPAR a aumentar 22,4%.
Além disso, as taxas de reserva na indústria hoteleira para o início de 2023 estão 5,1 pontos à frente dos números do ano passado para os próximos três meses, revela o relatório. É o caso particularmente de Paris e Île-de-France, “o que confirma a recuperação dos clientes empresariais e o retorno contínuo dos clientes internacionais”.
