Quinta-feira, Março 20, 2025
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Bensaude Hotels quer consolidar “liderança” nos Açores, mas sempre atento ao continente

Jorge Aguiar, Administrador Executivo do Bensaude Turismo, revelou que o grupo pretende consolidar a sua “liderança” nos Açores e até “reforçá-la se possível”, mas “nunca com produtos de volume” e sim “de valor acrescentado”. Fora dos Açores, o grupo está atento a novas oportunidades que possam surgir.

“Enquanto grupo, o nosso objetivo é consolidar a liderança nos Açores e até reforçá-la, se possível, mas nunca com produtos de volume. Não vamos fazer hotéis com inúmeros quartos, mas sim projetos que resultem de reabilitação urbana e requalificação de património. A nível nacional, estamos muito atentos a novas oportunidades que possam surgir”, disse Jorge Aguiar durante o primeiro dia da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, salientando que “estamos a olhar para o país quase todo”.

Relativamente a 2024, o grupo alcançou “os melhores resultados de sempre”, tendo melhorado “em todos os indicadores”. “Além dos bons resultados, 2024 também foi um ano muito importante para nós, porque passámos a ter mais operação de duas unidades hoteleiras, através de um sistema de arrendamento. Ficámos a explorar o Hotel do Caracol, na Ilha Terceira, e no final do ano adquirimos e tomámos posse do Caloura Hotel Resort, em São Miguel”, ressaltou, afirmando que em São Miguel “não tínhamos nenhum hotel” e que o Caloura veio “corresponder às expetativas dos nossos clientes que pediam algo nosso na Ilha”.

Questionado sobre os principais mercados, Jorge Aguiar enumerou, por ordem decrescente, o norte-americano (EUA e Canadá), nacional, alemão e francês. O italiano encontra-se em crescimento, motivado pelas novas ligações aéreas com Milão.

Sobre o preço médio, este aumentou em 2024, mas sempre com crescimentos entre 10, 12 e 15% em todas as unidades. Já a taxa de ocupação também aumentou em todas unidades, embora não proporcional ao preço médio. “A ocupação não é proporcional ao preço médio, também para não degradar o serviço, porque o nosso objetivo é proporcionar uma experiência reconfortante às pessoas.”

Ainda no ano passado, os meses com melhor ocupação foram julho, agosto e setembro. No entanto, Jorge Aguiar nota que a época média “está a melhorar”, fruto de congressos e reuniões que “ajudam a quebrar a sazonalidade”.

O responsável espera que 2025 seja “um ano de consolidação”. “Não acreditamos em crescimento infinito, às vezes as pessoas acham que tudo tende para infinito, mas não. Acho que o mercado se vai consolidar, mas estamos com algum receio do norte-americano, que é um dos nossos principais mercados, devido a esta turbulência e incerteza global. A nossa expetativa é que eles mantenham os fluxos atuais, mas não tenho a certeza se o crescimento virá muito daquele lado.” Já o nacional, acredito que se vai consolidar, referiu.

Questionado sobre como vê a entrada de novas marcas hoteleiras nos Açores, Jorge Aguiar vê isto de forma positiva, considerando que “essas marcas são muito importantes para atrair novos clientes”. Contudo, acrescentou, esta entrada nunca pode ser feita de modo “predatório”, porque “a gente quer construir e não destruir”.

Por último, o grupo está a apostar em novas infraestruturas, tendo feito, para já, um investimento de quase um quarto milhão de euros. No próximo ano, esta aposta continuará. “Continuaremos a investir de forma criteriosa, também à medida do possível, mas a ideia é ir melhorando o produto e sobretudo o serviço, que é uma coisa que nos distingue”, terminou.

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