Entrevistámos Nuno Ferrari, diretor de marketing e vendas do Grupo Olissippo Hotels, na Bolsa de Turismo de Lisboa. Este ano tem sido “uma surpresa”, afirma o responsável, com as previsões para o primeiro semestre a serem “amplamente ultrapassadas” no grupo. “Estávamos a contar com um ano bom, mas só mais para a frente, e curiosamente os meses de janeiro e fevereiro foram meses bastante simpáticos relativamente ao mesmo período de 2019 [antes da pandemia], o que nos leva a crer e a ter perspectivas bastante animadoras para 2023”.
A nível de mercados emissores para o grupo, não se notam grandes alterações, com destaque para os EUA, que sempre foram “um dos nossos primeiros mercados, a nível do segmento MICE, nomeadamente no Lapa Palace e Olissippo Oriente”. Adicionalmente, o Brasil “continua a crescer” e , nos mercados europeus, “o inglês e francês continuam a ser os mercados mais fortes para o grupo”. No que diz respeito a segmento, nem todos recuperaram ainda na totalidade, sendo o segmento corporate o que mais se destaca. “Em virtude da maior procura é também neste mercado que mais apostamos”.
Para Nuno Ferrari, um dos grandes desafios da hotelaria em Lisboa é “acompanhar a concorrência, que está muito forte”. “O parque hoteleiro está a crescer bastante e as unidades existentes têm de se manter atuais, tanto em termos de infraestruturas como aquilo que oferecem, acompanhar o mercado é o grande desafio”, remata.
Recorde-se que o grupo hoteleiro tem cinco unidades em Lisboa de quatro e cinco estrelas.