A Câmara de Lisboa aprovou na passada quarta-feira, dia 19, a construção de dois novos hotéis: um de 4 estrelas, nas Avenidas Novas, e outro de 5 estrelas no antigo Hospital de São Luís dos Franceses, no Bairro Alto, onde morreu o poeta Fernando Pessoa aos 47 anos, em 1935.
Os edifícios do Hospital de São Luís dos Franceses, no Bairro Alto, foram adquiridos pela Mercan Properties e vão ser transformados num empreendimento de luxo. A proposta, subscrita pela vereadora do Urbanismo, Joana Almeida, prevê uma obra de ampliação, com recurso a demolições parciais, para a construção de um hotel de 5 estrelas, com 68 unidades de alojamento, das quais 4 quartos individuais, 62 quartos duplos e 2 suítes.
A operação urbanística incide sobre um prédio urbano com uma área total de 1.567,30 m², referente ao antigo Palácio Cunhal das Bolas, composto por seis edifícios, atualmente ocupados pelo Hospital de São Luís dos Franceses.
O licenciamento da obra, solicitado pela Mercan Property Bairroalto, “consubstancia a preservação da estrutura original” do Palácio Cunhal das Bolas, “assumindo-se o conjunto com a justaposição de partes distintas, dotado de diferentes linguagens, que se completam, contemplando a manutenção da entrada principal através do pátio da Rua Luz Soriano”, cita a agência Lusa.
No entanto, a aprovação do projeto de arquitetura é condicionada à “apresentação do parecer conclusivo favorável do Património Cultural IP, que deverá incidir sobre as vertentes de arquitetura, arqueologia e arranjos exteriores”, e à “reposição da placa com a inscrição de Fernando Pessoa, que se encontrava junto ao portão principal”.
A Câmara de Lisboa aprovou também o projeto de arquitetura para a construção de um hotel de 4 estrelas, com capacidade para 117 unidades de alojamento, no prédio da Rua Tomás Ribeiro n.º 49, nas Avenidas Novas, que conta com uma área de 1.022,48 m².
“O novo edifício, com área de implantação de 925,43 m², superfície de pavimento de 5.218,01 m², área de construção de 8.067,25 m², apresenta sete pisos acima da cota de soleira mais um piso recuado e quatro pisos abaixo da cota de soleira e altura máxima de edificação e de fachada de 27,10 m e 21,45 m, respetivamente”, de acordo com a proposta.
Submetida pela Predurba – Prédios Urbanos SA, proprietária do prédio, a aprovação deste projeto é condicionada ao cumprimento dos pareceres das várias entidades consultadas.