Aos 30 anos, Catarina Fonseca, diretora do Vila Galé Collection Alter Real, foi distinguida na categoria de jovem diretora na última edição dos prémios da Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal (ADHP). Além deste prémio, Catarina Fonseca vai ter direito a uma bolsa para frequentar o Executive Master’s em International Hotel Management, na Les Roches de Marbella. O TNews foi conhecer um pouco mais da história desta jovem diretora hoteleira.
Catarina Fonseca considera que esta distinção é o “reconhecimento de toda a dedicação que tenho tido pela área, e todo o empenho das equipas do Grupo Vila Galé num projeto ousado que se tem revelado um sucesso no interior do Alentejo”. Para a diretora poder “aprender com os melhores” numa instituição de ensino como a Les Roches é “uma oportunidade única”.
O lugar que hoje ocupa deve-se à paixão que tem pela área e ao facto de “ter sempre trabalhado ao lado de profissionais que admirava, e que me motivaram a querer fazer muito bem feito e sempre melhor”.
Desde os 16 anos que trabalha no setor hoteleiro. No entanto, o seu percurso começou realmente quando, aos 19 anos, fez o seu estágio em restaurante e bar no Vila Galé Clube de Campo. Mais tarde, aos 26 anos, fez outro estágio, mas desta vez como assistente de direção no Vila Galé Lagos. Desde essa altura que passou por algumas unidades do grupo, até que teve “a fantástica experiência de ter aberto o Collection Elvas”. Esta abertura ajudou a que mais tarde chegasse o convite para abrir outra unidade hoteleira, em Alter do Chão.
O facto do Vila Galé Collection Alter Real ser um hotel intimamente ligado ao universo masculino, poderia ter representado uma dificuldade acrescida para Catarina, mas não foi o caso pois na perspetiva da diretora “as oportunidades não escolhem idade, sexo… Depende da nossa vontade de querer fazer e acontecer.”
“Temos de tomar decisões”
O que é certo é que as decisões são complexas, mas têm de ser tomadas, “podem não ser as mais acertadas, mas temos que decidir”. No entanto, Catarina Fonseca e a sua equipa tentam sempre “fazer para que funcione”, mas e quando não funciona? “Estamos cá para solucionar (…), avaliar e propor novas soluções e decisões”, porque “nada é estático”.
Apesar de ser uma tarefa que exige muito das pessoas à sua volta como a direção de operações, e outros órgãos relevantes, por vezes a jovem diretora recorre a “muitas pessoas e, muitas vezes até fora da área encontram-se modelos de ideias excelentes que com criatividade podemos adaptar.”
Para a diretora do Vila Galé Collection Alter Real, não existe um estereótipo de pessoa para ocupar um cargo de direção pois “cada pessoa, com personalidades diferentes e exigências muito diferentes tem coisas muito boas.” Acredita que o importante é a “satisfação dos meus clientes e a formação de todas as equipas.”

Como é que se transforma um pesadelo chamado pandemia em oportunidades?
Para a diretora do Vila Galé Collection Alter Real, a pandemia trouxe um desafio não só aos jovens hoteleiros, mas a todos, quer sejam jovens ou seniores.
A verdade é que há ideias e soluções que vieram para ficar e todos os dias há que fazer alguma adaptação “porque a pandemia assim nos exige.” Catarina Fonseca confessa que tanto ela como a sua equipa tiveram de aprender “a sentir, reagir e a ponderar de formas diversas e diligentes. A ser mais dinâmicos e experimentar muito rapidamente novas abordagens, sejam técnicas, tecnológicas ou interpessoais.”
Depois de ter passado por muitas adversidades, considera que a chave para o sucesso passa por ter “garra e vontade, uma boa capacidade de adaptação e muito autocontrolo.”
“O meu sonho para quando for grande”, é…
Catarina mantém o mesmo sonho “poder contribuir para um bem-estar maior…”. A verdade é que a rapariga de 19 anos que foi estagiar para o Hotel Vila Galé Clube de Campo, em 2009, nunca pensou que 10 anos mais tarde seria eleita melhor jovem diretora pela ADHP. É certo que “muitas vezes surgia esse “sonho”, mas na verdade nunca achei que fosse diretora antes dos meus 30 anos”.
A maior ambição de Catarina continua a ser a mesma: “ser feliz todos os dias com aquilo que faço e que tenho para dar.” Contribuir para o desenvolvimento de muitas pessoas “a escalas mais amplas, é sem dúvida um sonho.”
Ela é muito fixa pro que eu vi