A CitizenM divulgou que está a entrar no metaverso. O grupo hoteleiro, com sede em Amsterdão, comprou um espaço virtual num jogo intitulado The Sandbox, com o objetivo de construir um hotel no metaverso. A empresa pretende “conectar-se com os jogadores, explorar potenciais oportunidades de marketing e, possivelmente, arrecadar dinheiro para construir uma propriedade no mundo real”, noticia a Skift.
Recentemente apresentado pelo Wall Street Journal e pelo CNBC como pioneiro, The Sandbox é um metaverso (mundo virtual) onde os jogadores podem criar e monetizar os seus próprios mundos distintos e experiências de jogo em LANDs (terrenos digitais), que são non-fungible tokens (NFTs) que representam imóveis virtuais no jogo The Sandbox.
“Não sabemos se será bem-sucedido ou não, porque o metaverso está apenas a começar”, disse Robin Chadha, diretor de marketing da CitizenM. “Mas queremos ter a certeza de que – se os nossos clientes estão a explorar NFTs, o metaverso e tudo o que o acompanha – nós também fazemos parte disso”.
O metaverso é, essencialmente, um lugar onde as pessoas agem num mundo online utilizando avatares digitais – muitas vezes com recurso a equipamentos de realidade virtual.
Porém, tem muitas definições diferentes. Mark Zuckerberg, da Meta, vê o metaverso como uma espécie de mundo virtual em constante conexão. A empresa de tecnologia de viagens Amadeus vê o metaverso como uma experiência imersiva, semelhante a videojogos como o Microsoft Xbox.
A CitizenM tem uma visão artística do metaverso
A empresa hoteleira comprou “um pixel de terreno” no Sandbox, que é administrado pela Animoca Brands e que tem uma aparência semelhante ao jogo Minecraft.
A rede hoteleira não divulgou qual foi o capital investido neste jogo. Contudo, comprar “terreno” virtual no Sandbox pode custar centenas de milhares de dólares, de acordo com a Skift.
A CitizenM planeia criar um lugar onde os avatares possam “trabalhar, dormir e brincar”. “Por enquanto, estamos curiosos para saber quantas pessoas virão e como se comportarão”, disse Chadha. “À medida que desenvolvemos o hotel, criaremos momentos interativos e possivelmente usaremos isso como forma de testar as novas ideias do mundo real.”
A CitizenM espera, eventualmente, vender alguma arte, essencialmente certificada com non-fungible tokens, ou NFTs. Se as vendas forem populares, as comissões podem ser usadas para construir um hotel virtual, explica a rede hoteleira.
“Trabalharemos com artistas digitais para criar e exibir obras de arte digitais conectadas a um NFT, garantindo que o artista receba uma taxa cada vez que a peça for revendida”, disse Chadha.
O grupo hoteleiro pretende vender cerca de 2.000 NFTs, que virão com uma promessa de descontos e vantagens, como bebidas grátis que o comprador pode beber em propriedades da citizenM do mundo real.