Antes da pandemia, a China era a maior fonte de turistas da região asiática e esperava-se que com a reabertura dos países asiáticos essa tendência se mantivesse. Contudo, as restrições impostas pelo governo chinês no regresso dos residentes à China veio dificultar esse cenário, escreve a Bloomberg no artigo Asia’s Hungry Travel Sector Is Missing a Key Ingredient: China.
Devido aos surtos de COVID que têm existido, a China deverá manter a estratégia “COVID Zero” e, segundo Krystal Tan, economista do Australia & New Zelândia Banking Group (ANZ), irá estar a controlar as suas fronteiras até, pelo menos, aos Jogos Olímpicos de Inverno, que serão em fevereiro de 2022.
A China tem tentado combater ao máximo a pandemia implementando restrições cada vez mais severas. Atualmente, pessoas que residam na China e vão viajar quando chegam ao país têm de cumprir uma quarentena obrigatória até três semanas, têm de preencher vários documentos, fazer testes e ter seguro. Isto faz com que qualquer tipo de viagem seja “uma proposta pouco atraente”, afirma Wellian Wiranto, economista do Oversea-Chinese Banking Corp.
Contrariamente à China, Bali, Phuket e Langkawi reabriram as fronteiras aos estrangeiros. A reabertura das fronteiras dos países asiáticos deveria ter um impacto muito grande na economia dos países, pois mais de um décimo do seu PIB está relacionado com o setor do turismo.
Contudo, o facto de os turistas chineses não viajarem é um fator alarmante para o setor do turismo dos países asiáticos, porque, se em 2019 os turistas chineses não tivessem correspondido a 40% dos 240 milhões de turistas na Ásia, segundo o HSBC Holdings Plc, as receitas líquidas do turismo asiático teriam sido, em média, menos um ponto percentual.