As companhias aéreas de baixo custo continuam a expandir-se e estão previstas para representar 48% do mercado de voos de curta distância até 2030, um aumento de oito pontos percentuais em relação ao período pré-pandemia. Este crescimento será impulsionado principalmente pela Europa e Ásia, com destaque para China e Índia, aponta um estudo da Bain & Company.
Conforme indicado pelo estudo, as projeções para o setor da aviação refletem os efeitos contínuos da pandemia, bem como os custos associados à redução das emissões de CO2 e às pressões inflacionárias, que devem limitar o crescimento do setor.
As principais conclusões salientam que as companhias aéreas de baixo custo representarão 48% dos voos de curta distância até 2030, contra 36% de quota de mercado em 2015 e 40% em 2019. Além disso, prevê-se que grande parte deste crescimento se concentre na Europa e na Ásia, especialmente na China e na Índia.

As perspectivas de procura intra-regional na Europa aumentaram em mais de cinco pontos percentuais, o que equivale a 5 mil milhões de dólares em receitas (4,6 mil milhões de euros). No entanto, prevê-se que alguns dos principais mercados europeus, como o Reino Unido, Alemanha e Itália, experimentem um crescimento mais lento nas viagens regionais em comparação com países como Espanha, Turquia e Polónia.
A descarbonização pode desacelerar o crescimento
O estudo da Bain & Company indica que as iniciativas de descarbonização estão a impactar significativamente o setor. Prevê-se que as viagens intra-europeias a partir dos países nórdicos desacelerem entre 2019 e 2030 devido ao aumento dos custos relacionados com combustíveis sustentáveis para aviação.
Além disso, piores previsões macroeconómicas reduziram as expectativas de procura por viagens intra-regionais na América do Norte em mais de dois pontos percentuais até 2030, o que poderá resultar num declínio de 3 mil milhões de dólares nas receitas até 2023 (2,8 mil milhões de euros). Por outro lado, prevê-se um significativo crescimento na procura intra-regional na Ásia, com um aumento previsto de 59% entre 2019 e 2030.