Domingo, Outubro 13, 2024
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Conflito em Gaza impacta perceção de segurança em destinos a 2000 km de distância, indica estudo

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Na esteira do conflito entre Israel e Gaza, a Mabrian Technologies divulgou um estudo do Índice de Perceção de Segurança que lança luz sobre o impacto do conflito em destinos vizinhos em termos de confiança turística. A principal conclusão do estudo é uma queda significativa no Índice de Perceção de Segurança para todos os destinos que poderiam ser vagamente definidos como ‘árabes’, independentemente da distância em relação ao conflito.

O Índice de Perceção de Segurança da Mabrian é um índice que mede o nível de confiança expresso por visitantes e potenciais viajantes em relação a um destino turístico com base no monitoramento de redes sociais. Esta metodologia utiliza a Inteligência Artificial (Processamento de Linguagem Natural) para interpretar o sentimento dos viajantes com base nas interações em redes sociais.

Carlos Cendra, CMO da Mabrian, comentou sobre as descobertas, enfatizando o impacto imediato dos conflitos no setor de viagens. “O turismo é uma das primeiras indústrias a sentir o impacto de um conflito, certamente a nível nacional. O Índice de Perceção de Segurança da Mabrian é um dos indicadores mais importantes que calculamos para os nossos clientes, uma vez que é um dos fatores-chave para os turistas decidirem visitar ou não um país. De que serve um clima agradável ou uma boa relação qualidade-preço se um destino não for percebido, corretamente ou não, como seguro?”, questiona.

“No caso do conflito entre Israel e o Hamas, observamos uma queda dramática na perceção de segurança nos destinos próximos à área de conflito”, informa Cendra. A Jordânia e Egito perderam cerca de 20% e 28%, respetivamente, neste índice nas últimas quatro semanas, quando comparado com a semana anterior ao ataque de 7 de outubro.

Os efeitos também são evidentes na Arábia Saudita, que perdeu cerca de 6% no seu índice de confiança em segurança, e até nos Emirados Árabes Unidos e no Qatar, a mais de 2.000 km e 1.800 km de distância, respetivamente, da área de conflito, a perceção de segurança também diminui – com uma queda significativa de 18% no caso do Qatar.

Além disso, o estudo revela que a Tunísia, apesar da distância considerável e proximidade com a Europa continental, também “está a sentir o impacto na sua pontuação. Embora a Turquia não seja um país árabe, e, por falar nisso, nem o Egito, o tema comum para os países que estão a ser afetados são aqueles considerados ‘árabes’ pelos viajantes no sentido mais amplo possível. Por exemplo, a Grécia está muito mais próxima da zona de conflito do que a maioria destes países, mas a perceção da segurança não alterou significativamente”, salienta.

“Em tais circunstâncias, é crucial compreender a sensibilidade dos diferentes mercados em relação à situação, uma vez que as pontuações que estamos a apresentar aqui representam uma média de todos os principais mercados em todo o mundo. Ao analisarmos mercado por mercado de origem, observamos considerável variação, tornando essencial que uma Organização de Marketing de Destino (DMO) considere ajustar temporariamente a sua abordagem para ou longe de determinados mercados de origem”, afirma Carlos Cendra.

Segundo o responsável, os destinos devem implementar uma “estratégia de comunicação eficaz para recuperar a confiança o mais rapidamente possível”. Por exemplo, no caso de destinos como a Tunísia, a Mabrian considera imperativo “encontrar formas de demonstrar aos viajantes que estão totalmente isentos de qualquer risco direto relacionado com o conflito”.

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