O secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços disse esta sexta-feira, dia 31, que o Governo está a trabalhar para promover “uma maior agilização no licenciamento de postos de carregamento elétrico” em Portugal e no desenvolvimento de novos, “designadamente nas zonas de menos densidade populacional”.
Nuno Fazenda, que participou na abertura da 4ª convenção nacional da ARAC – Associação Nacional dos Locadores de Veículos, sublinhou que o país tem, desde 2015, mais 6000 postos de carregamento elétrico, sendo “o 4º país numa distância percorrida de 100 quilómetros que mais postos de carregamento elétrico tem no âmbito da União Europeia”.
O secretário de Estado do Turismo respondia assim à observação do presidente do Conselho Diretor da ARAC, Paulo Pinto, que momentos antes, na sua intervenção, disse que as empresas do setor procuram introduzir veículos elétricos ou híbridos nas suas frotas, mas deparam-se com “obstáculos que sozinhos não conseguimos ultrapassar (…) precisamos de soluções urgentes. O número de pontos de carregamento em variadíssimos concelhos, até mesmo em alguns do litoral, são muito limitados e nem sempre estão a funcionar”.
Durante a sua intervenção, o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços sublinhou uma vez mais o crescimento do turismo em valor nos últimos anos, ilustrado pelas receitas que crescem em média mais de 10%. “É uma trajetória que queremos prosseguir”, afirmou. Em 2022, o turismo superou em mais de 15% o valor das receitas de 2019, que foi o melhor ano de sempre. “Este crescimento deve-se às empresas, que são o motor da economia, instituições e políticas públicas”, referiu.
“Temos ambição de fazer ainda mais e melhor e liderar o turismo do futuro, significa termos um turismo mais sustentável, inclusivo e digital, por isso queremos continuar em crescer em valor com base nessas premissas”, disse o governante, elencando uma vez mais as cinco prioridades estratégicas do governo para o turismo.
Começando pelas empresas, Nuno Fazenda voltou a garantir que “estão na linha da frente no que diz respeito ao ciclo de fundos europeus”. “Se compararmos as verbas do Portugal 2020, com as verbas atualmente afetas às empresas e somarmos PRR e o Portugal 2030 o que temos é um acréscimo de 90% dos apoios dirigidos às empresas”.
Nuno Fazenda lembrou ainda outros apoios de cariz mais imediato como o Apoiar.pt e, mais recentemente, a Linha de Apoio Consolidar +Turismo, que visou apoiar as empresas turísticas a gerir dívida que contraíram durante a pandemia.
No sentido de “preparar o futuro”, o secretário de Estado referiu a aprovação recente da Agenda mobilizadora Transformar o turismo, no âmbito do PRR, que prevê um investimento de 151 mil milhões de euros para o turismo e o sistema científico e tecnológico
No âmbito dos sistemas de incentivos do Portugal 2030 “temos a previsão que seja aberto um novo aviso de sistema de incentivos para apoios às empresas”, adiantou.
No que diz respeito às pessoas, outra das prioridades do Executivo, Nuno Fazenda destacou a apresentação esta semana da agenda para as profissões do turismo , com projetos concretos.
Por sua vez, no que refere ao território – outra das prioridades do Governo – Nuno Fazenda reiterou a ambição de apresentar uma agenda para o Turismo no Interior, “durante o mês de maio, mais tardar junho”, que incluam apoios e incentivos.