Quando partimos, a 15 de maio, do aeroporto do Porto com destino a Istambul, estávamos longe de imaginar o que esta aventura de três semanas nos traria. Foram muitos quilómetros percorridos, por terra, ar e mar. Istambul, Maldivas e Sri Lanka. Três destinos tão diferentes entre si, mas ao mesmo tempo complementares, história, cultura, praia, natureza e gastronomia foram os ingredientes desta viagem, feita a convite da DIT Portugal, da Turkish Airlines e dos recetivos IMTM Travel (Maldivas) e Unique Travels Paradise (Sri Lanka).
Embarque connosco nesta primeira parte da viagem que nos levou do Porto até Istambul e, depois, até às Maldivas.
A companhia de bandeira turca conecta Portugal a Istambul, o seu hub principal, com 24 voos semanais, 10 do Porto e 14 de Lisboa no verão. Por sua vez, a rota Istambul-Malé (Maldivas) tem uma operação diária.
O motivo da aposta da Turkish Airlines numa fam trip às Maldivas reside nos números. Em 2022, a companhia deteve cerca de 35% de quota de passageiros para aquele destino e, só no Porto, esse valor foi superior a 70%.
A companhia é conhecida pelo seu serviço a bordo, mas também em terra, algo que pudemos comprovar nesta viagem, já que viajámos em Executiva (com conforto e wifi a bordo), visitámos o aeroporto de Istambul e experimentámos alguns dos serviços que a Turkish Airlines oferece, nomeadamente aos passageiros que voem em classe executiva ou com acumulação de milhas, como o fast-track, check-in em áreas reservadas ou o acesso ao lounge.
“Uma das razões predominantes para a escolha desta companhia aérea, por parte dos passageiros, são os horários dos voos”, recorda Nuno Figueiredo, sales & marketing manager da Turkish Airlines. Os passageiros da Turkish Airlines que voem desde Portugal para Malé têm um tempo de escala entre 2 a 8 horas, em que podem usufruir das “excelentes condições do novo aeroporto de Istambul”, assegura.
Em alternativa, podem usar o serviço gratuito stopover da Turkish Airlines, destinado a promover a cidade de Istambul. O serviço oferece aos passageiros a possibilidade de passar pelo menos uma noite num hotel de forma gratuita, caso optem por ficar em Istambul por pelo menos 20 horas. Assim, a companhia aérea incentiva os passageiros a aproveitar a sua estadia na cidade para descobrir as suas atrações turísticas, culturais e históricas.
Os passageiros da Classe Económica têm direito a uma noite num hotel de 4 estrelas, enquanto que os da Classe Executiva beneficiam de duas noites numa unidade de 5 estrelas. Este serviço pode ser utilizado na ida ou na volta de voos internacionais operados pela companhia (não estão incluídos os voos em codeshare). Para tal, a reserva deve ser feita diretamente com a Turkish Airlines, até 72 horas antes do primeiro voo, através do endereço de e-mail freehotelportugal@thy.com ou diretamente no website através da gestão da reserva. Será emitido um voucher que os passageiros devem apresentar à chegada ao hotel, juntamente com o cartão de embarque.
Existe ainda uma outra opção, caso o passageiro queira ocupar o seu tempo durante a escala fora do aeroporto. Se a escala for entre seis e 24 horas, o passageiro poderá aproveitar o serviço gratuito Touristanbul e selecionar um dos oito passeios oferecidos de acordo com o horário mais adequado à chegada e partida do seu voo. Após o desembarque no Aeroporto de Istambul, o passageiro pode inscrever-se no balcão Touristanbul junto ao hotel desk da companhia no terminal de chegadas. Os autocarros para a visita partem do aeroporto.
Se optar por permanecer no aeroporto, e caso o seu bilhete seja elegível para aceder a um dos dois lounges da companhia, vai encontrar uma oferta bastante completa de serviços neste que é considerado um dos melhores lounges do mundo: suites privadas, casas-de-banho com chuveiro, salas de oração, salas de reunião, simulador de golfe e de voo, um museu da Champions ou até a oferta de massagens. O acesso aos lounges da Turkish Airlines não pode ser adquirido, só têm acesso os passageiros que voam em classe Business, passageiros com tarifas corporate e os clientes do programa de fidelização Miles&Smiles da companhia. No entanto, em alternativa, os passageiros têm o lounge do aeroporto.
De referir que o nosso stopover em Istambul durou um dia e meio, o que incluiu a visita aos locais mais emblemáticos da cidade: a parte antiga da cidade que inclui o hipódromo romano, a Mesquita Azul (que pode agora ser visitada em todo o seu esplendor, uma vez que terminaram os trabalhos de restauro), a mesquita de Santa Sofia, a ponte Gálata, o Grande Bazar, o Bazar das Especiarias e um cruzeiro no Bósforo.
Chegada às Maldivas
Malé, capital das Maldivas, no Oceano Índico, é a porta de entrada no país e o aeroporto serve de plataforma giratória para a distribuição dos turistas pelas diferentes ilhas e resorts. São aproximadamente 1190 ilhas de corais, distribuídas por 26 grandes atóis. Em frente ao Aeroporto Internacional de Velana, em Malé, encontra-se um porto com embarcações que levam os passageiros para os resorts. Antes mesmo de sair do aeroporto, os clientes devem dirigir-se ao respetivo balcão da unidade de alojamento contratada para etiquetar a sua bagagem e só depois são encaminhados para o respetivo transfer de barco. Um sistema relativamente bem organizado e sem grandes tempos de espera (pelo menos durante a nossa viagem). Se a opção de transporte for o hidroavião, o processo é relativamente idêntico. É necessário ir ao balcão da operadora, etiquetar e pesar as bagagens.
Quem viaja para as Maldivas, espera encontrar uma paisagem idílica de praias de areia branca e águas cristalinas, e não vai desiludir-se. O cenário é quase sempre azul, embora de diferentes tonalidades, dependendo da perpectiva: se em terra, no mar ou visto do ceú. No entanto, as Maldivas não são apenas sinónimo de paisagens paradisíacas, mas também de hospitalidade e arte de bem receber. A chegada aos resorts é feita sempre com o mesmo ritual: um conjunto de colaboradores do resort dá as boas vindas no deck e há sempre uma oferta (um colar, uma toalha húmida para refrescar ou uma bebida), acompanhada de um sorriso.
Nesta viagem ficámos em diversos hotéis, o que permitiu comparar os tempos de distância do aeroporto para os resorts, os meios de transporte (se em speedboat ou de hidroavião), as praias, os quartos, as experiências, o serviço, só não permitiu comparar o pôr-do-sol, que é sempre de cortar a respiração.
Com tanta oferta de resorts para todos os bolsos, nada como os agentes de viagens terem a oportunidade de experimentar. Até porque, desenganem-se, há muito que escolher e o que ter em conta na hora de vender umas férias nas Maldivas. A começar pelas tipologias de quarto, que são variadas, desde as mais económicas – geralmente mais distantes da praia – até às mais caras – habitualmente as que estão sobre a água e que incluem também piscina, pelo meio há tipologias intermédias que são autênticos paraísos, dependendo das preferências do cliente e do que está disposto a pagar.
Furaveri Maldives
O Furaveri Maldives foi um dos resorts onde ficámos hospedados e também um dos que reuniu maior consenso entre o grupo no que diz respeito à qualidade da oferta de alojamento, praia, restauração e experiências. Situado no Raa Atoll, a cerca de 151 quilómetros a norte de Malé, o resort está acessível a apenas 45 minutos de hidroavião desde o aeroporto internacional. Em alternativa, há voos domésticos para os aeroportos mais próximos de Dhara vandhoo e Ifuru, com a duração de 20 minutos, seguidos de um transfer de barco de 45 minutos até ao resort.
Sem dispensar um ambiente de luxo, o resort mantém, no entanto, alguns aspetos da cultura local, de que é exemplo a wellness village, inspirada numa típica vila das Maldivas, assim como a tipologia de quarto Dohni Pool Villa, de design contemporâneo elegante, mas inspirada no tradicional barco de pesca das Maldivas, o “Dhoni”.
Já que falamos de villas, o Furaveri dispõe de 168 villas privativas, com 10 diferentes tipologias, desde a mais simples – a Garden Villa, situada no meio da vegetação – até às Beach Pool Villas que, como o nome indica, estão na primeira linha da praia e possuem um piscina. De destacar o design bonito e acolhedor destas vilas, bem como a envolvente da vegetação, que confere um ambiente calmo e privado à habitação. Depois existem as Ocean Villas (sobre o mar) com várias tipologias que diferem entre elas seja pela vista, por terem piscina ou jacuzzi. As villas são espaçosas, tendo entre 110 e 335 metros quadrados. Destaque para a tipologia Family Two Beach Room que dispõe de dois quartos e é indicada para famílias.
Quanto à oferta de restauração, o Furaveri tem quatro restaurantes, incluindo um de fusão de cozinha asiática e um mexicano, a que se juntarão mais três conceitos de restauração brevemente.
A pensar nas famílias, o Furaveri dispõe de um kids club e, para os fãs de mergulho (ou mesmo para os que pretendem iniciar-se na modalidade), o resort dispõe de um centro de mergulho com certificação PADI. Aqui vai ser possível ver várias espécies marinhas, desde mantas, tubarões e tartarugas. Além do Wellness Village, onde os clientes poderão fazer vários tratamentos ao longo da sua estadia, o resort oferece a possibilidade de fazer várias experiências (pagas à parte), tais como um passeio de barco para ver golfinhos, a visita a um banco de areia, sessões de pesca ao amanhecer e ao pôr do sol, entre outros.
Villa Nautica
À semelhança do Furaveri Maldives, o Villa Nautica é um resort localizado numa ilha privada, a Paradise Island, localizada no North Malé Atoll, a apenas 20 minutos de transfer em speedboat do aeroporto de Malé. A última renovação do resort aconteceu no ano passado. Inspirado na vida a bordo de um iate, o Villa Nautica apresenta-se com um ambiente chic e com uma decoração com muitos elementos que nos remetem para um imaginário náutico (patente nas cores e materiais). Os hóspedes são convidados a abraçar um estilo de vida marítimo, com o toque glamoroso. Tem 282 villas, distribuídas por várias tipologias com destaque para as Deluxe Beach Pool Villa e as Ocean Beach Pool Villa, que albergam até dois adultos e uma criança e têm ambas 150 metros quadrados , terraço e Piscina privada. Em alternativa, a One-Bedroom Ocean Suite com piscina, com 255 metros quadrados e capacidade para quatro adultos, acesso ao mar, terraço, piscina e hidromassagem privadas.
Tem dois restaurantes buffet e três restaurantes à carta. Dispõe de Spa e centro de mergulho certificado pela PADI. Tem um vida noturna animada por música ao vivo, shows culturais e DJs. De dia pode experimentar desportos terrestres e aquáticos. O resort oferece ainda a possibilidade de cerimónias de casamento e renovação de votos. Tem ainda um kids club.
O Villa Nautica é um hotel também para vários segmentos de mercado, mas tem um ambiente nas áreas comuns ao estilo de “clube de praia” que encontramos em alguns destinos europeus. É também um resort com uma dimensão maior que o Furaveri.
Adaaran Select Hudhuranfushi
Para uma estadia mais descontraída, o Adaaran Select Hudhuanfushi é uma boa opção (e também mais económica). É uma propriedade na ilha Lhohifushi, a 30 minutos de speedboat do Aeroporto de Malé. Tem 165 villas, incluindo 37 Ocean Villas, mas é a tipologia Beach Villa que predomina neste resort, procurado pela comunidade surfista. As Beach Villa têm várias tipologias, não têm piscina, mas, por exemplo a tipologia Sunset Beach, como o próprio nome sugere, está localizada na primeira linha da praia. Oferecem acesso conveniente ao mar convidativo e são de fácil acesso às instalações do hotel. Em comparação, outra das tipologias predominante são as Garden Villas. Mais modestas, estão localizadas em toda a ilha, com acesso conveniente às instalações do hotel. Embora estes quartos não tenham vista frontal para a praia, estão equipados com uma variedade de comodidades modernas. O resort tem diversas instalações desportivas que são de acesso gratuito, assim como a piscina principal. Depois existem atividades sujeitas a uma cobrança extra, tais como aulas de surf, mergulho, snorkelling ou excursões.
Arena Beach Hotel
Passámos dos resorts em ilhas privadas para uma opção de hotel numa ilha pública. Trata-se do Arena Beach Hotel situado na ilha de Maafushi. Com mais de um quilómetro (1275 metros de comprimento) e 265 metros de largura, é uma das ilhas habitadas do Atol de Kaafu. Esta pode ser uma opção para os clientes que procuram uma viagem às Maldivas mais económica, além do alojamento ser mais em conta, as excursões na ilha são mais baratas do que nos resorts.
A ilha é acessível por speedboats ou embarcações regulares de Malé ou do aeroporto (aproximadamente uma hora e meia de viagem). Existem muitos recifes de corais, pontos de mergulho, bancos de areia e várias atrações turísticas.
Os proprietários do hotel, naturais das Maldivas, começaram a desenvolver o hotel em 2009, depois do governo dar autorização de construção de hotéis na ilha.
À medida que o destino cresceu, também cresceu a procura. Começaram a trabalhar com agências e operadores, e, de uma guesthouse, passaram para um boutique hotel, e foram o primeiro hotel a estabelecer-se em 2014 com 20 quartos, sob o nome de Arena Beach. Agora oferecem 140 quartos, com mais 70 quartos que irão abrir em novembro.
Porque devem os portugueses viajar para Maafushi? Ahmed Samih, CEO da empresa que detém o hotel, explica: “São as Maldivas, e as Maldivas são apelidadas e conhecidas como um destino de luxo, o que é verdade, é um dos destinos mais luxuosos do mundo. Mas quantos resorts são acessíveis? Que percentagem de hotéis de luxo estão acessíveis ao resto do mercado? É um número reduzido.
O que estamos a fornecer aqui são umas Maldivas a um preço acessível ao resto do mercado. Vão encontrar aqui as águas cristalinas das Maldivas, os corais, todos os recursos naturais que as Maldivas oferecem, enquanto ficam alojados em frente à praia com vista para o oceano, mas com um preço acessível. O nosso principal propósito é fazer das Maldivas um destino acessível para todos os que queiram visitar o destino”, remata.
Informação útil Para entrar nas Maldivas, os viajantes devem preencher a Declaração do Viajante até 72 horas antes do horário do voo, durante a chegada e partida de e para as Maldivas, no site https://imuga.immigration.gov.mv/. Não é necessário visto, apenas o preenchimento desta declaração. Tempo de voo São cerca de 5h30 entre Lisboa/Porto e Istambul, e mais 8h30 entre Istambul e Malé. Clima A temperatura das Maldivas varia entre 24ºC e 33ºC ao longo do ano, contudo a humidade é relativamente elevada. A temperatura média da água é de 26ºC. Green tax Uma taxa de seis dólares por dia é cobrada aos hóspedes que fiquem alojados em resorts, hotéis, embarcações ou gesthouses.
* Viajou a convite da DIT Portugal, Turkish Airlines e IMTM Travel
