A companhia aérea de baixo custo britânica easyJet anunciou hoje um prejuízo de 114 milhões de libras (135 milhões de euros) para o período de abril a junho, um decréscimo de 64,15% face ao período homólogo de 2021.
A empresa disse que as perdas (valor bruto) se devem principalmente a problemas ocorridos após o levantamento das restrições à disseminação da covid-19 e totalizaram 133 milhões de libras (157 milhões de euros), que também adicionaram taxas de câmbio monetário.
O EBITDAR da easyJet (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) entre abril e junho de 2022 foi de 103 milhões de libras (€ 121,5 milhões de euros), comparado a 313 milhões de libras (€ 370 milhões de euros) no mesmo período de 2019, antes da pandemia.
Os valores foram hoje comunicados à Bolsa de Londres. A faturação até ao passado dia 30 de junho aumentou 1.755 milhões de libras (2.070 milhões de euros), face a 213 milhões de libras (251 milhões de euros) no mesmo período referente a 2021.
Os custos gerais entre abril e junho de 2022 foram de 1.896 milhões de libras (2.205 milhões de euros) – 531 milhões (626 milhões de euros) em 2021 – devido ao maior número de voos, em relação ao ano anterior, e a dificuldades na operacionalidade.
No relatório publicado hoje, a empresa refere que “tem as dívidas mais baixas da aviação europeia” (valores brutos) e que era de 200 milhões de libras (235 milhões de euros) no passado dia 30 de junho.
Em relação às perspetivas para o ano em curso, a easyJet prevê que a capacidade (para transportar passageiros “no quarto e último trimestre do ano” (corresponde aos meses entre julho e setembro) seja aproximadamente 90% do mesmo período de 2019, com fatores de carga superiores a 90%.
O presidente do Conselho de Administração da companhia, Johan Lunfgren, assegurou que cumprir compromissos com os clientes este verão é a “máxima prioridade” da empresa.
Lunfdren destacou aumentos de 16 milhões de libras (19 milhões de euros) registados pela easyJet Hollidays. “Apesar das perdas deste trimestre devido às interrupções (programa de voos), o regresso dos voos de ‘grande escala’ demonstram que as medidas estratégicas que foram postas em funcionamento durante a pandemia estão a funcional e vai haver mais”, acrescentou.