O diretor geral da easyJet em Portugal, José Lopes, afirmou esta quarta-feira, dia 15, que no próximo ano a companhia estima operar no país com mais de 8% da capacidade face a 2019. Numa conferência de imprensa que decorreu no Funchal, o responsável da transportadora fez um balanço do ano fiscal que terminou em setembro de 2021.
Apesar de 2021 ter sido o primeiro ano completamente impactado pela pandemia, isso não impediu a companhia de “fazer muita coisa”, nomeadamente abrir uma base sazonal em Faro, que “permitiu manter as 20 rotas de e para o Algarve e criar mais 130 empregos na região, em contra-ciclo”, começou por lembrar José Lopes.
2021 ficou também marcado pelo anúncio de seis novas rotas da easyJet para Portugal, nomeadamente de Faro para Nantes e Amesterdão, do Porto para Malpensa, Rennes e Palma de Maiorca, do Funchal para Berlim, e pelo aumento da capacidade extra com mais 131 mil lugares.
Analisando ainda o que sucedeu em 2021, José Lopes sublinhou a disponibilidade de slots que surgiram essencialmente no Porto e que possibilitou à companhia crescer, nos últimos seis meses, 9% pré-pandemia e “conquistar a posição número 2 no Aeroporto do Porto”.
Por sua vez, em Lisboa, a disponibilidade de slots foi “residual e essencialmente relacionada com cancelamentos de operações estrangeiras mais pequenas”. Ainda assim, a companhia conseguiu consolidar a posição de número 3 em Lisboa. “Esperamos que com a disponibilização de slots seja possível tornarmo-nos a número 2“, afirma José Lopes.
Esta oportunidade de slots no Porto e em Lisboa, permite à easyJet olhar para o seu crescimento em Portugal. O ano de 2021 serviu para construir “alicerces muito sólidos que nos permitem continuar uma estratégia de longa data em Portugal”.
Perspetivas para 2022
A par do compromisso em tornar-se uma companhia verde, a easyJet perspetiva um crescimento para 2022.
“Estamos a adicionar capacidade e esperamos voar cerca de 74% da capacidade de 2019 no segundo trimestre e esperamos que a capacidade o quarto trimestre de Verão se aproxime dos níveis de 2019″, revela José Lopes.
Já em Portugal, companhia tem a ambição de operar, no próximo ano, com mais de 8% de capacidade face a 2019.
“Pode parecer pouco, mas se olharmos para aquilo que operámos no ano passado, estamos a falar de um aumento de 117% da capacidade. É mais do dobro. É um esforço enorme que temos vindo a desenvolver e irá ajudar-nos a consolidar a nossa posição”, considera o responsável. José Lopes sublinha ainda que a easyJet “está a crescer em Portugal em contra ciclo, dando o exemplo da Madeira, onde a companhia cresceu nos últimos seis meses 46%, enquanto o tráfego no aeroporto do Funchal no mesmo período baixou.
*Viajou para a Madeira a convite da easyJet
