Um recente estudo da eDreams ODIGEO revelou que uma grande parte dos viajantes portugueses (93%) dá prioridade ao fator “escolha” quando reservam uma viagem. A nível internacional, o estudo mostra que 84% dos viajantes prioriza as várias opções de escolha no momento da compra.
A análise concluiu que apenas 3% dos consumidores a nível global não considera várias companhias aéreas e hotéis antes de fazer uma reserva, correspondendo a uma diminuição significativa de 82% em relação aos 17% registados em 2021.
Este declínio, segundo a eDreams, realça a importância crescente que os consumidores dão ao fator “escolha” quando planeiam uma viagem. Os resultados sugerem que, atualmente, os consumidores querem encontrar as opções de viagem que melhor se adaptam aos seus itinerários e orçamentos, refletindo uma forte preferência por flexibilidade e valor.
O estudo, que foi levado a cabo por uma empresa independente de estudos de mercado e envolveu 10.000 participantes a nível global, revela que esta mudança é consistente em todos os grupos demográficos, com as gerações mais velhas e mais jovens a mostrarem uma forte preferência pela escolha no momento de comprar as suas viagens.
As reservas em várias companhias aéreas aumentam, à medida que os consumidores procuram mais opções
Os viajantes estão cada vez mais focados em explorar todo o mercado global de viagens, motivados por um forte desejo de flexibilidade e de encontrar as melhores ofertas possíveis.
Os dados da própria eDreams ODIGEO apoiam esta tendência no pós-pandemia, mostrando um aumento significativo nas reservas que combinam várias companhias aéreas dentro de um mesmo itinerário. De facto, houve um crescimento de +105% registado desde 2021 nas reservas que incluem voos que combinam várias companhias aéreas. Este aumento ilustra como os viajantes estão mais inclinados para otimizar as suas experiências de viagem, selecionando e integrando ofertas de vários fornecedores.
Isto indica que os consumidores estão a tomar decisões mais estratégicas e orientadas para o valor, ponderando cuidadosamente fatores como a relação custo-eficácia, a flexibilidade e a conveniência.
Em vez de optarem por companhias aéreas, hotéis ou empresas de aluguer de viaturas que lhes são familiares, dão cada vez mais prioridade à capacidade de aceder a todo o mercado e de personalizar as suas experiências de viagem para satisfazer as necessidades específicas. Esta reorientação para a personalização permite aos viajantes ajustar todos os aspetos da sua viagem, desde a seleção dos horários de voo e aeroportos de chegada mais convenientes, até à escolha de hotéis com a localização e as comodidades ideais.
A ênfase crescente na flexibilidade e nas soluções à medida marca um afastamento significativo da abordagem tradicional mais unificada, sublinhando uma tendência mais ampla numa indústria de viagens orientada para o consumidor.