A Soltour apresenta como apostas este ano um novo voo de Lisboa para Enfidha, na Tunísia, uma operação direta do Porto para a Costa Dourada, em Espanha, e algumas operações pontuais para a Eslovénia a partir de Portugal.
As informações foram reveladas esta quinta-feira, dia 23, por Luís Santos, diretor comercial da Soltour para Portugal e Espanha, na Feira Internacional de Turismo de Madrid (FITUR).
“Este ano, temos o voo de Lisboa para Enfidha no pico do verão, a operação para a Costa Dourada desde o Porto e algumas operações pontuais para a Eslovénia, à semelhança daquilo que fizemos para Espanha há dois anos”, disse Luís Santos quando questionado sobre as principais apostas do operador em 2025.
Relativamente às operações já estabelecidas, mantêm-se os voos para as Caraíbas, nomeadamente Samaná, Punta Cana, Cancun e Cuba, para as ilhas espanholas, para Albânia, para Saïdia, em Marrocos, para Djerba e Monastir, na Tunísia, e para Cabo Verde com partidas do Porto.
Luís Santos não esconde a possibilidade da Soltour lançar mais novos destinos ao longo de 2025, mas um pouco condicionados com as limitações dos aeroportos portugueses.
“Devido às limitações dos aeroportos de Portugal, já não se pode fazer muita coisa. Acabamos sempre por manter a operação estável não fugindo muito áquilo que foi a nossa oferta em 2024. Contudo, o ano ainda agora começou, portanto, poderá haver uma novidade ou outra, nomeadamente nos voos regulares, mas ainda não está nada decidido.”
2024 foi um “bom ano” para a Soltour
Luís Santos fez um balanço de 2024, que se revelou “um bom ano”: “no ano passado, cumprimos com aquilo que era o nosso orçamento e a nossa expetativa. No caso de outro tipo de produtos, principalmente o Solo Hotel, crescemos significativamente. Não é o produto mais forte, mas é um crescimento importante.”
Segundo o responsável, um dos objetivos para 2024 era diversificar o produto oferecido e, neste momento, já possuem perto de 40% de “produtos alternativos”, o que representa uma “percentagem importante de diversificação”.
Ainda em 2024, Albânia e Almería revelaram-se destinos importantes para o operador turístico. “Estas operações mantêm-se em 2025 graças ao seu bom desempenho. Creio que não há melhor indicador de vendas de sucesso que não seja repetir a operação no ano seguinte”, frisou.
Quanto à campanha recentemente lançada de vendas antecipadas, Luís Santos revelou estar a ser uma “agradável surpresa” e que é uma das formas do operador antecipar o quanto antes as suas verbas. Além do arranque do ano ter sido bom para a Soltour, Luís Santos mostra-se consciente de que este ritmo não é constante.
“Nós estamos a apostar fortemente naquilo que são as vendas antecipadas, com o objetivo de premiar também os agentes de viagens. A ideia é vendermos com uma margem mais saneada no início para evitar chegar à última da hora e ter de vender os programas com margens reduzidas.”
Presente na FITUR, a Soltour está a apostar fortemente nos destinos de Almería, que se está a sair “muito bem”, de Samaná, por ser um produto exclusivo, e da operação para a Costa Dourada, que está a correr melhor do que as expectativas.
Por último, Luís Santos identificou os principais desafios do mercado português este ano, que passam pela questão económica e pelas “guerras de preço” que existem no setor: “estamos muito condicionados com aquilo que os outros fazem. Se começarem a vender a preços muito baixos, o setor é automaticamente afetado. Diria que estes poderão ser os maiores desafios este ano.”
No ano em que a Soltour celebra 50 anos em Espanha, Luís Santos afirmou que vai haver uma iniciativa comum entre Portugal e Espanha, mas provavelmente no pós-verão. Inseridos em Portugal desde 1997, Luís Santos garantiu que o mercado português já conta com uma boa presença dentro do operador e que o objetivo é continuar a investir e, se possível, abrir novos destinos.