A Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo apresentou uma proposta para a criação de uma nova escola de hotelaria e turismo na região alentejana, tendo como objetivo responder ao crescimento do setor.
Esta segunda-feira, dia 14, o presidente da ERT do Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, marcou presença na 3.ª sessão do ciclo “Estratégia Turismo 2035: Construir o turismo do futuro”, que teve lugar em Évora. Na sua intervenção, afirmou que “temos cerca de 29 mil camas e a perspetiva, no horizonte da nova estratégia 2035, é que o Alentejo possa atingir as 70 mil”, pelo que “é fácil de constatar que a região não pode funcionar só com uma escola de hotelaria”.
Entre várias propostas, o líder do Turismo do Alentejo e Ribatejo propôs uma nova escola de hotelaria na região, justificando que os investimentos turísticos previstos para o Alentejo nos próximos anos vão criar mais emprego, sendo por isso necessário aumentar a oferta formativa.
“O Alentejo não pode ser a única região de Portugal que só tem uma escola de hotelaria”, salientou o responsável, citado pela agência Lusa. “É fundamental, dentro da proposta do Governo de expandir o modelo formativo de turismo e das escolas de hotelaria, criar-se uma segunda grande escola de hotelaria e turismo no Alentejo”.
De acordo com José Manuel Santos, os principais desafios do setor no Alentejo passam pelas áreas da conectividade e mobilidade, recursos humanos e formação, competitividade territorial e internacionalização.
Além desta medida, o dirigente defendeu melhorias nas acessibilidades rodoviárias, considerando que o Alentejo “não se deve conformar” por ter duas capitais de distrito, Beja e Portalegre, “que não são servidas por autoestrada”. “O aeroporto de Beja pode, a médio prazo, desempenhar um papel relevante”, acrescentou.
O presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo adiantou que esta ERT deverá apresentar, no início do ano, uma proposta sobre o aeroporto de Beja aos ministros das Infraestruturas e da Economia.
José Manuel Santos reivindicou também uma solução para financiar a conservação de estradas secundárias que estão a cargo das câmaras, através do Orçamento do Estado ou da Lei das Finanças Locais, e políticas amigas das empresas e dos investigadores.
