Em entrevista ao TNews, Pedro Rodrigues, diretor geral da Desafio Global, partilha a sua visão sobre a indústria dos eventos corporativos em Portugal. A empresa apresentou recentemente a sua nova imagem, o que serviu de ponto de partida para a conversa. Abordámos também os desafios enfrentados pelo setor, a atração de talento e as apostas da empresa, que passam pela formação e a captação de eventos internacionais.
Que impacto pode ter esta mudança de imagem no mercado e na equipa da Desafio Global?
Portugal é um país pequeno em termos de oportunidades para a realização de eventos. O segredo é fidelizar, prestar um serviço tão bom na área dos eventos corporativos que o cliente queira sempre trabalhar connosco. Julgo que os próprios clientes têm orgulho naquilo que a Desafio Global faz, os parceiros têm orgulho no trabalho que fazem connosco e a equipa tem orgulho no seu próprio trabalho e naquilo que representa perante o mercado. Diria que o que pretendemos atingir com o lançamento da nova imagem é materializar, nomeadamente no showreel, o orgulho que temos naquilo que fazemos. Daí a nova assinatura “Somos o que Fazemos”. O nosso trabalho fala por nós. No fundo, é a consolidação desta maneira de estar.
Como correu o ano de 2023 para a Desafio Global?
A Desafio Global está dividida em cinco equipas de gestão de eventos. Nos primeiros anos, os eventos passavam sempre mais ou menos pelas mesmas pessoas. Há uns anos, encontramos um modelo feliz e inteligente de estruturar as cinco equipas de eventos com cinco team leaders, e cada uma dessas equipas consegue gerir facilmente os projetos ao mesmo tempo. Diria que, se tivermos de fazer, na mesma data, dois, três ou quatro eventos, conseguimos fazer isso sem afetar a qualidade do evento e sem sacrificar as mesmas pessoas. 2023 foi um ano em que fizemos coisas fantásticas, divertimo-nos a fazê-las e temos muito orgulho no trabalho desenvolvido. Foi um bom ano, tanto na quantidade de projetos, quanto na dimensão e diversificação dos projetos entre as cinco equipas. Estamos a fazer, em média, entre 150 a 200 eventos por ano. Obviamente, se falarmos de um evento de quatro mil pessoas e o evento seguinte tiver 30 pessoas, são eventos com dimensões e escalas de faturação diferentes, mas a responsabilidade é a mesma. Costumo dizer que, ao contrário de uma agência de publicidade ou relações públicas, onde existem contratos anuais, uma agência de eventos tem de provar o seu valor evento a evento. Não há contratos anuais, infelizmente, cá em Portugal. No fundo, o nosso nível de entrega e profissionalismo é o mesmo. Muitas vezes, a quantidade de eventos não representa necessariamente o volume real, porque há eventos que valem 20 ou 30 eventos mais pequenos. Mas diria que foi uma boa panóplia de eventos de alguma dimensão, eventos médios e mais pequenos.
“Este ano está a ser muito interessante e começou de uma forma fulgurante. Além de todo o trabalho que temos feito a nível de eventos corporativos e de uma série de eventos de grande dimensão, de repente entrou-nos pela porta o tema dos eventos desportivos, nomeadamente o tema do futebol”
E este ano? Que perspetivas têm?
Este ano está a ser muito interessante e começou de uma forma fulgurante. Além de todo o trabalho que temos feito a nível de eventos corporativos e de uma série de eventos de grande dimensão, de repente entrou-nos pela porta o tema dos eventos desportivos, nomeadamente o tema do futebol. Tivemos a responsabilidade e o privilégio de colaborar com a candidatura do André Villas-Boas à presidência do FC Porto, com resultados extraordinários; tivemos o desafio do Benfica para realizar, no âmbito dos 120 anos, uma gala no MEO Arena, que também foi um projeto bastante gratificante, e fizemos, através do nosso cliente Betclic, o evento de entrega da Taça do Campeonato Nacional ao Sporting no Estádio de Alvalade. Paralelamente a toda a atividade que temos na área mais corporativa, abriu-se a perspetiva de fazermos aquilo que nós chamamos de eventos especiais, não são necessariamente eventos de continuidade, ao contrário da maioria dos eventos corporativos, mas que foram, acima de tudo, eventos gratificantes.
“Estamos a desenvolver uma área de captação de eventos internacionais”
Quais são as vossas apostas para 2024? Pretendem diversificar o negócio?
Há duas apostas. Uma grande aposta na formação da equipa, nomeadamente em temas que têm a ver com a inteligência artificial (IA), é um tema incontornável e que já está aí. E a segunda aposta é na captação de eventos internacionais. Estamos a desenvolver uma área de captação de eventos internacionais, já recebemos pontualmente alguns pedidos do estrangeiro, mas sempre fomos reativos. Neste momento, estamos a inverter o ónus, e a ser proativos. Temos uma pessoa que está a trabalhar na captação e no investimento na captação desse tipo de projetos. Julgamos que, daqui a algum tempo, isso também poderá ter um peso interessante em termos de faturação.
Quais são os principais valores e princípios que orientam as operações da Desafio Global?
Os principais valores são fazer, fazer bem e divertirmo-nos a fazer. Somos muito autocríticos, a nossa equipa é muito sénior, com muitos anos de experiência e 160 prémios. Diria que o cliente, quando vem ter connosco, é porque o evento é importante e tem de correr bem. A equipa está moldada nesse aspeto: no fazer, no fazer bem, mas também no ser gratificante. Já sabemos que a área de eventos é uma área de grande desgaste físico, os profissionais são os primeiros a chegar ao evento e os últimos a sair, envolve esforço físico, poucas horas de sono, uma refeição fora de horas. Portanto, quem acha que vem para a organização de eventos porque se vai divertir, claramente vai desiludir-se com essa perspetiva. Esta tríade – fazer, fazer bem e, se possível, divertir-se a fazer, é essencial. A parte do desgaste físico deve ser compensada com a gratificação pessoal de que o evento correu bem.
“Os principais valores da Desafio Global são fazer, fazer bem e divertirmo-nos a fazer”
Quais são os principais obstáculos que as agências de eventos enfrentam quando planeiam fazer eventos em Portugal?
Diria que há dois grandes desafios com os quais nos debatemos. Um é o tema dos timings. Cada vez mais projetos que eram fechados a dois meses de distância, hoje em dia são fechados a uma ou duas semanas de distância. Julgo que a culpa é do próprio mercado. Como vai correndo bem nestes timings, passa a ser normal o cliente pedir um evento com uma ou duas semanas de antecedência, com toda a complexidade que isso implica. Por outro lado, nós ficamos um pouco viciados neste ritmo, ou seja, não quero pensar em eventos para daqui a alguns meses, porque não sei efetivamente que projetos vou fazer para o mês que vem. Como entretanto as coisas vão correndo bem nestas dinâmicas, passou a ser o novo normal. Portanto, claramente, o primeiro desafio é o tema dos timings.
O segundo tema tem a ver com os processos de relação com os clientes, nomeadamente nos processos de compra. Pontualmente, assistimos em alguns clientes corporativos a uma tentativa de usar departamentos e processos de compra de produtos ou serviços na compra de eventos. Falta muitas vezes alguma sensibilidade. É uma compra mais financeira, numa tentativa de padronizar valores, e muitas vezes não leva em conta que um evento é um bem não tangível. Estou a vender uma promessa de algo que vai acontecer, tem de ser valorizado o histórico da empresa, a equipa, quais os recursos que vai alocar ao evento.
Diria que os desafios, claramente, são os timings e, muitas vezes, lidar com processos de compra de eventos por parte dos clientes que não refletem a realidade e especificidades que o setor tem.
Os clientes dão mais importância à realização de eventos corporativos do que davam antes da pandemia?
Os brasileiros têm uma expressão muito engraçada: “No final da pandemia havia uma demanda reprimida, uma procura reprimida”. O que aconteceu é que durante a pandemia os clientes não deixaram de fazer eventos, mas optaram por eventos digitais. Obviamente, o evento digital tem um custo menor do que o evento presencial, pois não envolve catering nem aluguer de espaço, apenas um estúdio. No entanto, não deixaram de fazer eventos; apenas mudaram para um formato remoto. Houve quem profetizasse que após a pandemia o futuro seria híbrido, mas o cliente rapidamente percebeu que para ter um evento híbrido teria que arcar com os custos adicionais do evento físico, acrescido dos custos do evento híbrido, como streaming, câmaras, equipa de transmissão e plataformas de transmissão. Rapidamente a componente digital perdeu relevância. Este momento atual não é híbrido, é muito presencial. Voltámos da pandemia com muita vontade de reunir as pessoas novamente e percebemos que pessoas que trabalhavam na mesma empresa nunca tinham estado juntas, não se conheciam, por exemplo. Um evento, do ponto de vista da comunicação e motivação, é uma ferramenta imprescindível nas organizações.
Atração de talento
O setor dos eventos tem conseguido atrair bons profissionais?
Considero que é muito difícil e temos vários desafios: falta de formação e uma geração mais jovem a quem, muitas vezes, falta um pouco de resiliência e está mais focada em direitos do que em deveres. É uma área onde é necessário estar disponível sem horários fixos e, muitas vezes, trabalhar nos fins de semana, dedicando-se de corpo e alma. Por vezes as pessoas entram nesta área a pensar que é glamorosa e divertida, mas é necessário entender que por trás de um evento bem-sucedido há um trabalho prévio árduo de gestão de processos, montagem de evento, gestão de fornecedores, que nem sempre é glamoroso. Julgo que esta geração rapidamente se cansa, ou fica entediada, e de repente vai à procura de outra coisa, que às vezes nem sabe bem o que é.
“Um evento, do ponto de vista da comunicação e motivação, é uma ferramenta imprescindível nas organizações”
Qual é a solução?
A solução passa por oferecer mais formação, especialmente para a geração mais nova, que esteja alinhada com as especificidades e desafios atuais do setor. Como mencionamos anteriormente, quando se trata de temas como a IA, um organizador de eventos que deseje fornecer formação em IA para uma equipa jovem não encontrará muitas opções no mercado. O mesmo se aplica a tendências ou soluções tecnológicas para eventos. Portanto, atualmente não há muitas opções de formação disponíveis para a geração mais nova se atualizar. É praticamente um learning on the job que, por vezes, é sofrido, demorado, nem sempre só feito de conquistas, mas de derrotas. Infelizmente, durante esse processo, vamos perdendo algumas pessoas pelo caminho. No entanto, é importante reconhecer que aquelas que permanecem são profissionais fantásticos. As pessoas desta nova geração que superam os desafios iniciais da área de organização de eventos e permanecem no mercado são capazes de combinar a parte criativa com a parte de produção, são pessoas multi-tasking, estão sempre atentos às novas tendências, tornando-se excelentes gestores de eventos.
Que competências deve ter um bom gestor de eventos atualmente?
Temos de ter em conta que estamos a falar de uma área de know-how. Ao contrário do enólogo, que precisa ter muito conhecimento sobre vinho, por exemplo, o gestor de eventos precisa ter conhecimento sobre várias áreas, desde protocolo até conteúdos audiovisuais. Portanto, quando falamos em organização de eventos é, claramente, uma área de know-how. A primeira coisa que a pessoa tem de ter é uma paixão enorme por esta atividade; a seguir tem de perceber que, sendo uma área de know-how, tem de estar constantemente em aprendizagem, porque o cliente conta sempre com o gestor de eventos para perceber um bocadinho mais do que aquilo que o cliente percebe, e não tem mal nenhum se tiver de ir aprender e pesquisar. Depois, tem de ser multitasking, tendo em conta o modelo e a dimensão das empresas em Portugal, em que é o mesmo gestor de eventos a receber o briefing, a elaborar a proposta para o evento, e depois a produzir o evento. Claramente que, esta função, simultaneamente comercial e de produção, implica um perfil muito específico de pessoas com uma paixão enorme por esta área.
“Procuramos ditar o caminho, pois acreditamos que ao elevarmos o padrão do mercado, estamos a beneficiar a todos”
Sendo uma empresa com uma experiência alargada, que papel pode desempenhar a Desafio Global na formação dos profissionais?
A Desafio Global nunca recusa um pedido para dar uma aula ou uma palestra, seja para alunos dos cursos técnicos, ou para licenciaturas, pós-graduações ou mestrados. Se a Desafio Global for convidada, vai com muito gosto mostrar, não só o seu portfólio, como a sua visão do que é o mercado dos eventos corporativos. Procuramos ser uma espécie de farol, embora isso seja um tanto ambicioso, talvez devido ao facto de sermos a agência mais premiada e termos projetos bastante interessantes no nosso portfólio. Procuramos ditar o caminho, pois acreditamos que ao elevarmos o padrão do mercado, estamos a beneficiar a todos. Através dos eventos que organizamos, tanto profissionalmente quanto em projetos selecionados anualmente, muitas vezes até de forma pro bono, procuramos elevar a fasquia dos eventos. Acredito que, tanto do ponto de vista teórico quanto na prática, esses esforços contribuem para impulsionar o mercado e tornar os eventos mais aspiracionais.
A Desafio Global está no mercado há 23 anos, que leitura faz do crescimento de agências de eventos?
A Desafio Global surgiu com um forte ênfase no team building. Na época da sua fundação, em 2001, e durante a década seguinte, a maioria dos eventos corporativos incluíam atividades de team building, inicialmente ao ar livre e posteriormente em ambientes fechados. Hoje em dia, essa procura por team building não é tão forte. Ao longo dos anos, tenho observado que o mercado está a tornar-se cada vez mais qualificado e especializado. Os eventos atuais possuem um forte ênfase em conteúdo e projeção. Enquanto no passado as projeções nos eventos eram pequenas, atualmente lidamos com formatos gigantescos de ecrãs e resoluções incríveis, o que requer conhecimento não apenas em hardware, mas também em software de conteúdo. Antigamente, algumas empresas surgiam espontaneamente, dizendo que também organizavam eventos, mas após alguns eventos desapareciam. Hoje em dia, isso é menos comum. No entanto, ainda há uma lacuna em termos de qualificação no setor. Não há alvarás específicos para a organização de eventos, e o único enquadramento legal que encontramos é no Registo Nacional de Empresas de Animação Turística, o que não reflete totalmente a complexidade e especificidade do setor. A. Estamos a falar do mesmo registo onde estão os tuktuks, os campos de golfe e os passeios de canoa. É, eventualmente, um tema para a tutela e para a associação do setor. Deveria haver uma certificação, uma qualificação, que permitisse que não tivéssemos de concorrer para um evento de alguma complexidade e risco técnico, com uma empresa de design, de recursos humanos, de catering.
Os fornecedores estão mais qualificados?
A pandemia foi extremamente desafiadora para a maioria dos fornecedores. Muitos deles tiveram que interromper as suas atividades, enquanto alguns do setor audiovisual conseguiram reinventar-se no ambiente digital. Foi um período de recuperação para esses fornecedores nos últimos dois anos. Como em qualquer setor, há aqueles fornecedores que investem em materiais, equipas e conhecimento, enquanto outros optam por uma zona de conforto, evitando grandes riscos. É interessante observar que, na maioria das vezes, somos nós, os organizadores de eventos, que procuramos os fornecedores com propostas e ideias. Raramente acontece o contrário. Podemos identificar três áreas estratégicas principais: espaço, catering e audiovisual. É extremamente raro encontrar um fornecedor de catering ou audiovisual que venha até nós com novidades ou recursos internos. A inversão do ónus é pouco comum, e os fornecedores geralmente não provocam os organizadores de eventos com novas ideias ou soluções.
“seria ideal ter hotéis onde o centro de congressos fosse separado do hotel, oferecendo mais flexibilidade para os organizadores de eventos escolherem o que é melhor para cada cliente e evento”
Por que razão organizam poucos eventos em hotéis?
Não é uma escolha prioritária devido à complexidade atual dos eventos. Com montagens cada vez mais elaboradas e exigentes, muitas vezes o cliente valoriza muito o serviço de catering, o qual nem sempre é encontrado em hotéis. Além disso, frequentemente precisamos de espaços com dimensões específicas para acomodar os equipamentos audiovisuais, e os hotéis muitas vezes não oferecem essa flexibilidade. Sou frequentemente obrigado a trabalhar com os parceiros audiovisuais dos hotéis, o que pode ser um desafio logístico. Diria que seria ideal ter hotéis onde o centro de congressos fosse separado do hotel, oferecendo mais flexibilidade para os organizadores de eventos escolherem o que é melhor para cada cliente e evento.
Nos últimos cinco anos, têm assistido ao surgimento de espaços qualificados para eventos em Portugal?
Um dos maiores desafios é a procura por espaços adequados. Nos últimos anos, não surgiram muitos novos espaços, e aqueles que surgiram são geralmente de pequena e média dimensão, especialmente em Lisboa. Um dos maiores obstáculos que enfrentamos é encontrar espaços disponíveis nas datas desejadas pelos clientes. Muitas vezes, o espaço ideal para um evento não está disponível, o que nos obriga a procurar alternativas que nem sempre atendem às expectativas. Acredito que ainda há um grande potencial para o surgimento de novos espaços.
Em relação aos destinos que poderiam receber mais eventos, é uma realidade difícil de ignorar que os clientes de eventos corporativos raramente procuram locais fora de Lisboa. Brinco muitas vezes que a Alfândega do Porto, para mim, é um espaço de referência que deveria ser replicado em outras cidades, como Lisboa e Algarve, por exemplo. Temos um grande desafio em encontrar espaços adequados para eventos.
Nos últimos anos, houve poucos desenvolvimentos nesse sentido. Embora o centro de congressos de Oeiras tenha sido um grande marco da última década, infelizmente, encontra-se parado há mais de uma década. Esse espaço apresentava características interessantes para o mercado de eventos na proximidade de Lisboa. Embora tenhamos o Pavilhão Carlos Lopes e outros espaços em Monsanto, ainda há uma carência estrutural notável. Faltam locais que possam acomodar eventos de média e grande dimensão, com capacidades que variam de 300 a 2000 pessoas. Embora existam alguns espaços em Lisboa que atendam a esses critérios, os custos de adaptação muitas vezes ultrapassam uma parte substancial do orçamento disponível.
Há, sem dúvida, uma grande margem de progressão para quem estiver interessado em investir nesse setor. Com o aumento do número de hotéis em Lisboa, é surpreendente que nenhum hoteleiro tenha vislumbrado a oportunidade de criar um centro de congressos especializado. Acredito firmemente que, ao invés de confiar apenas em arquitetos, deveríamos envolver profissionais da área de eventos no planeamento e design desses espaços. Com isso, poderíamos ter eventos quase diariamente, gerando uma rentabilidade acima da média para a indústria hoteleira.
Por onde passa o crescimento e a expansão da Desafio Global nos próximos anos?
O crescimento deve ser orgânico. Ao longo dos anos, temos crescido de forma consistente, e isso não seria possível sem uma equipa altamente qualificada. O nosso foco sempre foram os eventos corporativos, mas também estamos abertos a outras oportunidades que o mercado nos apresentar. Estamos confortáveis no mercado atual, mas estamos sempre abertos a novas possibilidades.
Estarias interessado em assumir um cargo associativo ou voltar à causa pública?
Não. Aos 19 anos comecei a trabalhar como assessor do diretor geral do Fundo de Apoio às Organizações Juvenis (FAOJ) que deu lugar ao Instituto Português do Desporto e Juventude. Já tive funções no Estado, estive na política, fundei a AOPE – Associação dos Organizadores Profissionais de Eventos, e estive na génese da fusão da Associação de Eventos, com a associação de Congressos e Animação Turística. Acredito que já dei a minha contribuição para causas públicas ao longo da minha carreira. Sou muito feliz naquilo que faço, tenho muito orgulho no meu trabalho e na minha equipa, procuro desfrutar disso sem qualquer tipo de ambições que não sejam estas.