O candidato da AD às eleições europeias defendeu, esta sexta-feira, a criação de uma agência europeia do turismo que concentre informação transparente, eficaz e amiga do crescimento económico.
Ao falar durante um almoço com empresários em Óbidos, Sebastião Bugalho explicou que a criação desta agência será proposta ao Parlamento Europeu não para “criar mais um chavão, mais uma burocracia”, mas para ajudar a fazer melhor turismo.
“Como todos os empresários do turismo sabem, há uma coisa fundamental, além da procura, que é a questão da informação: que tipo de clientes é que temos, o que é que eles procuram, a sua faixa etária, a sua faixa geracional, de onde vêm”, frisou.
No seu entender, o facto de os empresários do turismo terem de lidar com a falta de informação “faz com que estejam excessivamente dependentes de plataformas que muitas vezes não estão fiscalizadas como devem estar”.
“A União Europeia aí tem de ter uma palavra a dizer, tem de ajudar os empresários do turismo a fazerem melhor turismo, a servirem melhor os seus clientes e a protegerem melhor os seus negócios”, defendeu Sebastião Bugalho.
Com a agência europeia do turismo acredita que será conseguida “uma concentração de informação mais transparente, mais eficaz e mais amiga do crescimento económico”.
Ao longo da campanha, o candidato da AD tem ouvido os empresários dizerem que, “muitas vezes, as regras europeias complicam demasiado em coisas que poderiam ser simples”.
“E é verdade”, considerou, garantindo que o seu objetivo é “ajudar os empresários e a economia a crescer com essa simplificação amiga do utilizador e amiga do empresário”.
Bugalho deu como exemplo o MBWay: “Foi uma eurodeputada portuguesa que avançou com a proposta de poder ser uma plataforma europeia. Essa eurodeputada chama-se Lídia Pereira e é a coordenadora do nosso programa.”
O candidato da AD admitiu que “há muito trabalho por fazer” e lembrou as críticas à Comissão Von der Leyen.
“Não conseguiu fazer tudo. Mas era difícil fazer tudo quando teve de gerir uma pandemia, uma guerra, uma crise de inflação. E nós, nesta candidatura, reconhecemos que faltam fazer coisas”, afirmou, apontando que por cumprir estão, por exemplo, a união de mercado de capitais e a união bancária.
Numa candidatura que “rejeita totalmente o dilema entre ambiente e economia social do mercado”, Bugalho defendeu que a única forma de cumprir com a transição verde “é ao lado da economia social de mercado”.
“Nós rejeitamos totalmente a dicotomia entre trabalhador e empregador”, frisou.
No que respeita à cultura, o candidato da AD não tem duvidas: “quando enfrentamos na Europa ameaças à democracia, sabemos que a cultura é o maior antídoto contra o populismo”.
Hoje, mais uma vez, em Óbidos, Sebastião Bugalho recordou momentos de infância e, por se sentir num ambiente familiar, mostrou uma fotografia de quando tinha sete anos.
“Nesta fotografia está o Telmo Faria, que foi candidato a presidente da Câmara de Óbidos com a minha idade. E esta criança aqui de sete anos sou eu. O Telmo está praticamente igual, eu estou um bocadinho mais alto”, gracejou.
Por conhecer bem o antes e o depois de Óbidos, que fez um percurso “da gravilha para os empregos”, o candidato às europeias disse que é preciso replicar o exemplo deste concelho um pouco por todo o país.
“No nosso programa podem contar com propostas para isso”, garantiu.