O Governo anunciou, esta quinta-feira, a intenção de alienar pelo menos 51% do capital da TAP, reservando até 5% aos trabalhadores, adiantou o ministro das Finanças, Fernando Medina, no final do Conselho de Ministros. “Esta é a percentagem mínima” da alienação, destacou. Além disso, o Governo quer aprovar em Conselho de Ministros até ao final do ano, ou “o mais tardar” no início de 2024, o caderno de encargos da privatização da companhia aérea.
O governante, que deu conta da aprovação de um diploma neste sentido, indicou que o executivo procura um “investidor de escala” no setor aéreo no contexto da reprivatização da TAP, que voltou à esfera do Estado durante a pandemia.
Na semana passada, no parlamento, o primeiro-ministro, António Costa, colocou a hipótese, entre diferentes cenários, de se privatizar a totalidade do capital da TAP, apesar de indicar que o montante ainda não tinha sido definido e que irá depender do parceiro escolhido.
Governo quer aprovar caderno de encargos da privatização da TAP até final do ano
Fernando Medina, que falava no final do Conselho de Ministros depois da aprovação do diploma que estabelece as condições para a reprivatização da TAP, disse que pretende até ao “final deste ano, o mais tardar no início do próximo”, levar a Conselho de Ministros o caderno de encargos.
Numa altura em que se começam a perfilar interessados à compra da companhia aérea que voltou ao controlo do Estado em 2020, este documento que enquadra as condições para a privatização da TAP terá de ser promulgado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que já mostrou favorável à venda.