Esta quarta-feira, dia 16 de junho, o presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE) afirmou haver “falta de bom senso” nas regras publicadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) para a testagem em eventos.
Em declarações à Lusa, a propósito do congresso da associação, marcado para os dias 21 e 22 de junho, António Marques Vidal esclarece que a entidade não está contra “uma medida que visa aumentar a segurança”, mas alertou que “é muito diferente fazer testes para um casamento e para um concerto” e para um evento corporativo. “Estas coisas não podem ser decididas assim, sem pensar qual o aumento de segurança e qual é a consequência. Há falta de bom senso”, critica.
Além disso, alerta, “daqui a 15 dias, se Portugal cumprir a diretiva europeia, quem já está vacinado não precisa de fazer teste. Como é que isto não foi previsto nesta lei”, lamenta.
António Marques Vidal fala ainda em “danos colaterais”, referindo que “todo este ‘bruaá’ já levou a que muitas empresas, por medo, cancelassem”.
O líder da APECATE adianta que o Congresso da associação ainda não tem a ‘luz verde’ final da DGS, “estamos a quatro dias do evento e a entidade que tem lá os planos há mais de 15 dias ainda não autorizou”. António Marques Vidal critica o silêncio da DGS, “é inadmissível o Estado comportar-se assim, tem obrigação de dizer sim ou não”. “Mas não dizer nada é gravíssimo”, remata o presidente da APECATE.
Quanto aos temas em debate no Congresso, o líder da APECATE diz que o objetivo é “partilhar ideias e sugerir soluções”, sendo que “depois cabe a quem tem a responsabilidade da gestão decidir”. O Congresso, programado para ser um “evento teste”, decorrerá nos dias 21 e 22 de junho Hotel MH Atlântico, em Peniche.
A DGS publicou esta terça-feira, dia 15, as normas aplicáveis aos eventos, afirmando que “sempre que o número de participantes ou espectadores seja superior a 1.000, em ambiente aberto, ou superior a 500, em ambiente fechado” é exigida testagem.
