O presidente da Região de Turismo do Algarve, João Fernandes, afirmou esta terça-feira, dia 26 de abril, que “há sinais positivos” quanto à retoma dos mercados externos.
João Fernandes falava no evento online #ConversaCom# do TNews, no qual respondeu a várias questões sobre a retoma turística no Algarve.
“Estou esperançoso que tenhamos um verão substancialmente melhor que o ano anterior, sobretudo pelo impacto de uma procura externa que no ano passado faltou claramente”, disse o responsável.
“Excluindo a hipótese de uma nova estirpe poder alterar as coisas, temos sinais muito positivos dos mercados externos”, afirmou, dando exemplo de Espanha, Reino Unido e Irlanda. “À partida durante o mês de maio vamos abrir fronteiras com Espanha, no ano passado só abrimos a 1 de junho. É logo uma grande vantagem de um mercado de proximidade que é dos primeiros a reagir”, disse. No caso da Irlanda, João Fernandes recordou que, no ano passado, o Algarve esteve praticamente 10 meses fechado para este mercado. Este ano com o certificado verde digital e, até antes disso, deveremos ter condições para os receber”. Com os britânicos, e ao contrário do ano passado, em que o Algarve teve “um corredor aéreo que foi um epifenómeno no final de agosto, início de setembro, este ano estamos a contar ter já este mercado em maio, ainda que condicionados”.
Face a este cenário, João Fernandes considera existirem “condições para que do ponto de vista dos nossos principais mercados externos (incluindo também a Alemanha, Holanda, França) termos uma procura, que ainda por cima está a ser sinalizada junto dos operadores e companhias aéreas”. Portanto, “queremos acreditar que além do mercado nacional, que deu boa nota no verão passado e do mercado espanhol, tenhamos agora maior facilidade de termos ligações até ao final do ano, existindo bons indicadores para último” do ano.
Apesar da retoma aérea estar sujeita “a condições imponderáveis”, o presidente do Turismo do Algarve garante que a região vai retomar todas as ligações “que forem possíveis”. “Temos uma grande vantagem este ano. Além de termos mantido a Ryanair, que saiu de várias bases concorrentes, ainda conseguimos captar a easyJet. Hoje temos, ao nosso lado a trabalhar, as duas companhias mais flexíveis em termos de gestão e as mais agressivas, do ponto de vista da concorrência, e que representaram cerca de 60% dos passageiros desembarcados no Algarve em 2019”.
As expetativas estão centradas também no último trimestre, período em que é esperada a “consolidação de um processo de caminho para a normalidade”. “O golfe é um produto âncora nesse período, mas temos vindo a desenvolver o turismo de natureza, náutico, desportivo. Antes da pandemia, em janeiro e fevereiro estávamos a crescer 15,3% em hóspedes. É esse processo que queremos retomar, de crescimento na época baixa e em preço”.