As receitas da hotelaria em França caíram 43% no ano passado, face a 2019, conseguindo um desempenho melhor do que os seus vizinhos europeus, ainda muito afetados pela crise sanitária, de acordo com um estudo apresentado na passada sexta-feira, dia 13, pela empresa especializada MKG, publicado na France 24.
A queda nas receitas do setor foi de 47,6% no Reino Unido, 51,9% na Grécia e 53,1% em Espanha, segundo o relatório de 2021 para a indústria hoteleira.
Porém, outros países sofreram ainda mais. A hotelaria caiu 55,6% em Itália, 63,1% na Alemanha, 64,7% em Portugal e até 71,9% nos Países Baixos, segundo o estudo.
“De facto, as variantes Delta e Ómicron duraram a partir de dezembro e afetaram alguns países europeus, em particular a Alemanha, onde o declínio na atividade hoteleira caiu de -46,9% em novembro para -60% em dezembro, ou o Reino Unido em que caiu para -27% contra -14,6% em novembro”, comenta a empresa MKG.
Em França, por outro lado, “o impacto da Ómicron foi mais tardio” e o setor, impulsionado pelas férias de Natal, “continuou a progredir em dezembro em relação a novembro”, refere o estudo.
O ano de 2021 foi contrastado em França, com “um primeiro semestre ainda muito marcado por restrições sanitárias, depois um segundo com uma melhoria acentuada, impulsionado pelas regiões costeiras a partir do verão e, finalmente, um aumento gradual em Paris no final do ano”, explica MKG.
Como em outros lugares, o desempenho da indústria hoteleira francesa “variou muito ao longo dos meses, dependendo das mudanças no contexto sanitário, nacional e internacional”. Além disso, os hotéis económicos provaram ser mais resilientes do que os luxuosos.
No final, “para a hotelaria europeia, o ano de 2021 foi um ano de recuperação face a 2020 e França esteve na vanguarda dessa recuperação, em particular no 2º semestre que trouxe esperança”, explica Vanguelis Panayotis, presidente da MKG.