A HOTREC apela aos Ministros do Conselho da Energia para reduzirem os preços da energia e “salvarem milhares de empresas do setor do turismo da falência”, de acordo com um comunicado, publicado na passada quarta-feira, pela Associação Europeia de Hotéis, Restaurantes e Cafés.
“O sector hoteleiro contribui fortemente para a economia da UE, representando 2 milhões de empresas (90% das quais sendo microempresas), e empregando 12 milhões de pessoas. Apesar deste historial, o setor tem vindo a enfrentar ultimamente numerosos desafios, nomeadamente os preços elevados dos alimentos; escassez de mão-de-obra; níveis de inflação elevados, enquanto ainda se encontra em recuperação após a pandemia de covid-19. As empresas do setor relatam um aumento no preço de consumo de energia entre 200%-600%”, pode ler-se no comunicado da associação, que refere que “o setor depende fortemente da energia (por exemplo, aquecimento e refrigeração) para proporcionar aos hóspedes o serviço que esperam”.
Nesse sentido, a associação alerta que muitas empresas estão a falir e outras estão a analisar criteriosamente o seu modelo de negócios para decidirem se podem permanecer abertas ou se devem fechar.
A HOTREC congratula-se com a proposta da Comissão de Regulamento do Conselho, proposta a 12 de setembro, uma vez que considera a situação “de extrema gravidade” e apela aos Estados-Membros para que aprovem a proposta. “Os preços da energia precisam de ser reduzidos e as empresas precisam de ter acesso à energia para sobreviver”, defende a associação.
Além disso, o setor solicita ao Conselho que tenha em consideração que 2020 e 2021 não devem ser incluídos no período de referência do regulamento, pelo menos no caso da hotelaria, uma vez que a maioria das empresas do setor estiveram completamente fechadas durante longos períodos na pandemia. Pelo contrário, a HOTREC pede que o período de referência abranja a média dos três anos de maior consumo dos últimos cinco anos.
“Continuamos a pedir às empresas eficiência energética; que poupem energia tanto quanto possível e acompanhem a transição para as energias renováveis, mas é preciso ter em mente que as empresas precisam de preços acessíveis de energia e alimentos para funcionarem”, conclui a associação.