O relatório ‘Arline Business Confidence Index’ de julho da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) reporta “algum alívio” para as finanças das companhias aéreas, uma vez que a procura por viagens aéreas começou a recuperar-se lentamente em alguns mercados. Por outro lado, há um crescente otimismo sobre a rentabilidade do negócio aéreo nos próximos meses.
A pesquisa da IATA a diretores financeiros (CFOs) e chefes de carga de companhias aéreas revela que os rendimentos dos passageiros permaneceram baixos no segundo trimestre de 2021. Mas três quartos dos entrevistados (73%) prevê que a rentabilidade melhorará à medida que o tráfego de passageiros se recupere.
Um em cada quatro (25%) não espera nenhuma alteração ou deterioração das perdas devido a novas vagas de Covid-19.
Mais de metade dos entrevistados (55%) indica reduções dos colaboradores no segundo trimestre à medida que as restruturações das companhias aéreas continuam, mas apenas 15% espera novas quebras no emprego nos próximos 12 meses, em comparação com 24% em abril.
Um em cada três (33%) relata um aumento no número de funcionários segundo trimestre de 2021 e 45% espera contratar funcionários à medida que os serviços aumentam.
Mais de um terço (36%) dos CFOs de companhias aéreas espera que as suas redes diminuíssem e 27% reduzissem as frequências de voo, ante 67% que diminuíram as redes e 55% que cortaram as frequências em abril.
A pesquisa sugere que a pressão sobre as finanças das companhias aéreas diminuiu, com quase três quartos (72%) dos CFOs a reportarem perdas reduzidas. No entanto, mais de um quarto (28%) disse que a Covid continua a ter um grande impacto nas operações.
Metade (48%) espera que os rendimentos de passageiros aumentem nos próximos 12 meses, 37% que os rendimentos permaneçam inalterados e 15% espera que os rendimentos caiam devido à “dura concorrência pelos poucos viajantes no mercado”.
Um terço (30%) dos entrevistados prevê custos unitários mais elevados, citando o aumento dos preços dos combustíveis e o aumento das taxas aeroportuárias.
Metade dos entrevistados (52%) prevê que a procura por viagens aéreas irá recuperar para os níveis de 2019 em 2023, com a América do Norte a liderar para 42% dos entrevistados, à frente da Ásia-Pacífico (21%) e Europa (21%).
Apenas 15% prevê uma recuperação no próximo ano, enquanto um terço estima que a procura só alcançará os níveis pré-crise em 2024 ou mais tarde.