Quarta-feira, Abril 30, 2025
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Lisboa, Comporta-Melides e Algarve: Os destinos mais procurados por investidores em Portugal

Lisboa, Comporta-Melides e Algarve são os destinos mais procurados em Portugal pelos investidores imobiliários, tanto nacionais como estrangeiros, revela o último Market Report Portugal, da consultora imobiliária Engel & Völkers.

No que diz respeito à procura de habitação na cidade de Lisboa, verificou-se uma estabilização em cerca de 8 mil transações (englobando tanto propriedades novas como usadas) durante o ano de 2022. Segundo o relatório, nem a subida da inflação nem as taxas de juro tiveram um impacto negativo na dinâmica da procura na capital portuguesa, tendo-se observado um ligeiro aumento nas transações. Em média, os compradores internacionais representaram aproximadamente 13% do total de compras imobiliárias no concelho de Lisboa, sendo mais notórios nas freguesias de Santo António, Arroios, Estrela, Misericórdia e Avenidas Novas. Além disso, os preços das habitações continuam em ascensão, tendo registado um incremento de 14% em 2022. De acordo com a consultora, este aumento é justificado pelo interesse tanto de compradores nacionais como estrangeiros, num contexto de oferta limitada de imóveis residenciais.

Vanessa Moreira, Diretora da Engel & Völkers em Lisboa, salienta que “a cidade de Lisboa consolidou-se como um destino turístico de destaque. Além das suas atrações e estilo de vida, a cidade beneficia de uma infraestrutura de serviços e equipamentos que a coloca numa posição competitiva a nível internacional. Prevê-se que a procura se mantenha robusta ao longo de 2023, impulsionada tanto pela dinâmica turística como pelos investidores estrangeiros”.

Por outro lado, a região de Comporta-Melides tem vindo a ganhar crescente notoriedade ao atrair figuras públicas, políticos e até membros da realeza para as suas praias. Nos últimos anos, “surgiram novos resorts e projetos residenciais com boas infraestruturas e equipamentos de suporte, além de campos de golfe, marinas, trilhos para caminhadas e ciclovias, campos de futebol e ténis, que tornam a região muito atrativa para investimento”, indica a Engel & Völkers.

A procura por habitação aumentou significativamente nas freguesias da Comporta, pertencente ao concelho de Alcácer do Sal, e de Melides, situada no concelho de Grândola, o que se traduziu num aumento das vendas. Durante o ano de 2022, registaram-se 228 e 320 transações nestas duas regiões, respetivamente. De acordo com o relatório, a revenda de imóveis continua a representar a maior parcela das transações imobiliárias. No que diz respeito a compradores internacionais, estes representam aproximadamente 60% do total de transações imobiliárias, com cidadãos alemães, suíços, britânicos e belgas a liderar a aquisição de propriedades. Os preços das habitações também testemunharam um aumento expressivo, registando um aumento de cerca de 67% em 2022, culminando em valores médios de oferta de 6.500 €/m2 no final desse ano.

Por último, a região do Algarve, historicamente reconhecida como um destino turístico, manteve-se atrativa para o investimento imobiliário. O relatório da Engel & Völkers destaca especialmente a Quinta do Lago, localizada na freguesia de Almancil. Situada no chamado “triângulo dourado”, juntamente com Vale do Lobo, Vale Garrão e Almancil, a Quinta do Lago beneficia da sua localização singular no Parque Natural da Ria Formosa, com as suas paisagens naturais e praias. Além disso, “tem excelentes infraestruturas de apoio ao turismo de qualidade, incluindo campos de golfe, hotéis e restaurantes de luxo, assim como courts de ténis, centro hípico e zonas comerciais”, indica a empresa.

A procura tem vindo a crescer gradualmente, atingindo 526 transações em 2021 e tendo registado uma ligeira diminuição em 2022, uma tendência que a Engel & Völkers prevê que seja revertida em 2023. Investidores estrangeiros representam cerca de 90% do total de compras de habitação, com os compradores britânicos, norte-americanos, alemães e holandeses a liderar a aquisição de propriedades. Quanto aos preços das habitações, segundo o estudo, aumentaram 35% desde 2019, sendo que a inflação em 2022 contribuiu para estabilizar os valores nos 3.830 €/m2.

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