Quinta-feira, Março 20, 2025
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Lusanova termina 2024 com faturação prevista de 30M€ e crescimento de 10%

A Lusanova fechou o ano de 2024, a nível global, com uma faturação prevista de 30 milhões de euros, o que representa um crescimento de 10% face a 2023. O operador turístico cresceu 15%, com destaque para os Açores e Madeira, Japão, Sudeste Asiático e circuitos europeus, disse à imprensa Tiago Encarnação, diretor operacional da Lusanova, à margem do evento com o tema “A Festa que Não Existe”, esta quinta-feira, dia 20.

“Estamos a prever faturar na ordem dos 30 milhões” de euros, correspondentes a um crescimento de 10% a nível do grupo em Portugal, avançou Tiago Encarnação. Já “o operador teve um crescimento de 15%, o que foi um resultado que estava dentro do previsto”.

De acordo com o responsável, no ano passado, os destinos Açores e Madeira cresceram 5%, salientando-se uma “forte procura” pelas ilhas açorianas e uma “consolidação” do arquipélago madeirense.

Também os circuitos ibéricos “consolidaram” o seu desempenho, enquanto os circuitos cresceram 10%, quer nos “mais tradicionais” quer nos “mais consolidados”, como Itália, Benelux e capitais da Europa Central.

“Onde houve aumentos mais significativos foi nas ilhas britânicas. O Reino Unido e a Irlanda tiveram bastante procura no mercado português para a Europa. Escandinávia, Islândia, Báltico e Balcãs também tiveram bastante procura”, destacou o diretor operacional da Lusanova. A nível do Mediterrâneo, os destinos em destaque foram Malta, Grécia e Turquia.

“O que alavancou mais foi o crescimento dos ‘grandes destinos’ em 2024”, salientou Tiago Encarnação. Neste segmento, a Índia retomou “completamente os níveis de 2019”, sendo um dos destinos com crescimento mais acentuado.

Também o Sudeste Asiático (Tailândia, Vietname e Camboja) cresceu e foi “talvez aquele que se tenha vendido mais” no segmento de ‘grandes destinos’, acrescentou. “Não cresceu tanto como a Índia em termos de crescimento face ao ano anterior, mas em termos de número de reservas”.

Ainda a nível dos ‘grandes destinos’, o Japão foi “uma grande novidade” e teve “muita procura este ano”, atingindo um crescimento na ordem dos 80% em termos de reservas.

Quanto aos destinos de proximidade, houve uma consolidação da procura pelos destinos Egito e Marrocos. “Já eram destinos que já vendíamos desde a pandemia e continuaram a vender, mas não com tanto crescimento”, disse o responsável do operador turístico.

Verificou-se ainda um crescimento nas praias do Índico e nos safaris, “onde a Lusanova não é propriamente um operador que tenha tanta experiência”. Além disto, a América do Norte atingiu uma subida na procura.

“A nível de grupos, os pedidos das agências cresceram de 2023 para 2024”, adiantou Tiago Encarnação, que atribui este dado à reestruturação que, depois da pandemia, o operador fez neste departamento e que, “ano após ano, tem vindo a mostrar resultados”.

Novidades e apostas da Lusanova para 2025

Para 2025, disse Tiago Encarnação, a Lusanova vai “manter a nossa estratégia, que até agora tem tido sucesso”, e que “é baseada em ir aumentando a nossa diversidade em novos destinos e consolidando a especialização em destinos que consideramos estratégicos”.

No segmento de circuitos regulares, “com partidas garantidas, que engloba todos os circuitos para a Europa, incluindo os ibéricos”, a Lusanova adicionou mais três itinerários para Itália (Lagos do Norte com Bernina Express, de seis dias; os Segredos da Calábria, de sete dias; e Milão com Cinque Terre, de seis dias).

A Albânia, que é “uma aposta deste ano” para a Lusanova, teve também um aumento da oferta de itinerários, com Albânia com Montenegro, Albânia com Macedónia e Bulgária, e Albânia com Macedónia do Norte e Grécia. Além disto, o operador vai “manter a programação do Mediterrâneo”, incluindo Sicília, Malta, Turquia, Chipre e Grécia. 

Os Açores e Madeira continuarão com a sua “programação normal”, sendo que este ano “os pacotes estão mais dinâmicos”. “Os agentes de viagens podem personalizar ainda mais as experiências que podem ter em cada um destes destinos”, explicou. “Por exemplo, na Madeira, temos a Madeira Aventura e a Madeira Radical, que eram pacotes que incluíam avião, hotel e experiências pela ilha, mas essas experiências não permitiam ao cliente escolher o que queria”.

Já a nível dos grandes destinos, a Lusanova aumentou este ano os destinos para o Sudeste Asiático, introduzindo a Singapura (dois novos circuitos: Singapura e Malásia; e Singapura e Langkawi, que é praia), Malásia (dois novos circuitos pelo país) e Indonésia (dois novos circuitos: Bali, de 4 dias, com opção de escolher praia de 3 a 7 dias; e Java e Bali, de 13 dias, também com possibilidade de juntar praia).

Neste segmento, o operador continuará com a “especialização nos destinos que já nos caracterizam”, nomeadamente Marrocos, Egito, Índia, Tailândia, Vietname, Camboja e Canadá, e a apostar na “dedicação aos safaris e às praias”. Dubai, Japão e Brasil terão novos itinerários este ano.

Por fim, a Lusanova Plus, relativa às viagens em grupo, terá “um catálogo único que já inclui não só os circuitos em grupo para a Europa e para os grandes destinos, mas também o que antigamente chamávamos de circuitos ibéricos temáticos”. Tratam-se de viagens “com maior acompanhamento”, com guias e mais serviços incluídos.

Neste momento, a procura apresenta um crescimento de 5% a 10%, de acordo com o diretor operacional. “A continuar esta tendência, poderemos continuar a crescer ao mesmo ritmo do ano passado. O objetivo é crescer consolidadamente ao mesmo ritmo, ano após ano”.

Atualmente, Islândia e Japão são “dois destinos que continuam a ter muita procura”. Tiago Encarnação destacou ainda Marrocos, que é o destino convidado do roadshow da Lusanova. 

Lusanova quer estabelecer sinergias entre Portugal e Brasil

A atividade da Lusanova Brasil está “a correr bem”, após a abertura do escritório de Belo Horizonte no ano passado, “sem prejudicar o mercado de São Paulo”, disse Tiago Encarnação.

Para o futuro, o grupo está a trabalhar no estabelecimento de sinergias entre a Lusanova Portugal e a Lusanova Brasil. “Sinergias no sentido de capacidade de negociação junto de fornecedores, sinergias em termos de tecnologia de apoio à reserva que podemos criar internamente e que podem tanto ajudar os agentes de agências brasileiros como os agentes de agências portugueses”, afirmou o diretor operacional.

No Brasil, a Lusanova é “principalmente conhecida por ser especialista nos circuitos europeus, que é o que procuram mais”, nomeadamente Itália, França e capitais da Europa Central. Também os circuitos ibéricos têm “muita procura”.

“No ano passado, depois da pandemia, começámos a ter produto para o mercado americano. Portanto, Argentina, Chile, Estados Unidos, que são mercados de proximidade para o cliente brasileiro”, acrescentou Tiago Encarnação, que destacou ainda os destinos “exóticos”, como Turquia e Marrocos.

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