Na primeira metade de 2025, Macau recebeu 19,2 milhões de visitantes, mais 14,9% que no mesmo período de 2024, e o segundo maior valor de sempre.
De acordo com dados oficiais, este número de turistas só foi superado entre janeiro e junho de 2019, antes da pandemia de covid-19, período que registou quase 20,3 milhões de turistas. No entanto, de acordo com a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), mais de 58% dos visitantes (11,2 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade.
Em 2024, o Governo Central anunciou um conjunto de medidas de apoio a Macau, incluindo o aumento do limite de isenção fiscal para bens de uso pessoal adquiridos por visitantes provenientes da China. Paralelamente, as autoridades chinesas alargaram a lista de cidades com acesso a “vistos individuais” para visitas a Hong Kong e Macau, abrangendo mais 10 localidades.
Além disso, desde 01 de janeiro que os residentes da vizinha cidade de Zhuhai podem visitar Macau uma vez por semana e ficar até sete dias. Em resultado, a esmagadora maioria (90,6%) dos turistas que chegaram a Macau na primeira metade do ano vieram da China continental ou Hong Kong, enquanto somente 1,34 milhões foram visitantes internacionais.
No entanto, no dia 17 de janeiro a diretora dos Serviços de Turismo da região semiautónoma chinesa, Maria Helena de Senna Fernandes, disse esperar que Macau possa receber entre 38 e 39 milhões de visitantes este ano. Em agosto, a dirigente apontou como meta mais de três milhões de visitantes internacionais em 2025.
Ainda no âmbito de atrair mais turistas, as autoridades do território anunciaram no final de junho que cidadãos da Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, Barém e Omã passaram a estar dispensados de visto para entrar em Macau a partir de 16 de julho.
No primeiro trimestre de 2025, o consumo médio por visitante em Macau, excluindo nos casinos, registou uma queda de 13,2% face ao mesmo período de 2024, apesar do aumento no número de turistas. Em maio, a DSEC da região identificou a alteração nos padrões de consumo dos visitantes como um dos fatores que contribuíram para a contração de 1,3% da economia local entre janeiro e março.
Foi a primeira vez que o Produto Interno Bruto do território encolheu, em termos homólogos, desde o final de 2022, quando a região começou a levantar as restrições devido à pandemia de covid-19. Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8% do que no ano anterior, mas ainda longe do recorde, 39,4 milhões, fixado em 2019, antes da pandemia.





