Terça-feira, Outubro 15, 2024
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Mais de 120 organizações assinalam o Dia Internacional pela Proibição dos Voos Noturnos esta sexta-feira

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Esta sexta-feira, dia 13, mais de 120 organizações mundiais, incluindo 20 portuguesas, vão celebrar o Dia Internacional pela Proibição dos Voos Noturnos nos Aeroportos, no âmbito do movimento “Aterra”.

Em comunicado, citado pela Lusa, o movimento “Aterra” explicou que 123 organismos de “todo o mundo juntaram-se para declarar o dia 13 de setembro como Dia Internacional pela Proibição dos Voos Noturnos nos Aeroportos”. Entre as suas reivindicações, o “Aterra” é contra a expansão do aeroporto Humberto Delgado e defende a interdição de voos no horário noturno.

O “Aterra” reúne mais de 20 organizações portuguesas que defendem o decréscimo da aviação e a mobilidade ecológica.

“A operação atual do aeroporto Humberto Delgado viola as orientações em matéria de ruído ambiental da OMS [Organização Mundial de Saúde] e a própria legislação portuguesa, expondo mais de 100.000 pessoas a níveis de ruído acima do limite legal”, sublinha Hans Eickhoff, médico e ativista do movimento “Aterra”.

Os níveis de ruído acima do limite legal “não prejudicam apenas a qualidade do sono, como aumentam significativamente o risco de morbilidade e mortalidade de origem cardiovascular, e afetam as capacidades cognitivas e de aprendizagem em crianças e jovens”, defende o ativista do movimento, que refere que cidades europeias como Lisboa, Frankfurt, Bruxelas, Luxemburgo, Barcelona, Marselha e Londres têm experienciado o aumento do tráfego aéreo e a degradação da qualidade de vida.

“Neste dia 13, as populações dizem basta à impunidade com que o setor da aviação continua a aumentar 05 voos e a procurar lucros à custa da saúde das pessoas e do planeta”, lê-se no comunicado do “Aterra”.

O movimento defende a interdição de voos no aeroporto Humberto Delgado entre as 23:00 e as 07:00, salvo eventuais atrasos e aterragens de emergência, relembrando que, durante as duas últimas semanas de agosto, a associação Zero contabilizou mais de mil voos nesse horário, “sem contar com voos de carga, charters ou jatos privados”.

“Numa cidade com capacidade atual para 36 movimentos aéreos por hora, que são ja absolutamente insustentáveis, o Governo e a ANA Aeroportos insistem em aumentar o tráfego aéreo para 48 movimentos por hora”, disse.

O “Aterra” opõe-se “a qualquer projeto de expansão da capacidade aeroportuária em Lisboa, seja pela expansão do aeroporto atual, seja pela construção de um novo aeroporto”.

“Propomos uma redução dos voos permitidos em Lisboa e o estabelecimento de limites ao tráfego aéreo em todos os aeroportos nacionais, de forma a respeitar o bem-estar e a vida das populações, atuais e futuras”, acrescenta.

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