Um novo estudo do Eurofirms Group, empresa de RH especializada em gestão de talento, revela que 58% dos inquiridos não se vê a trabalhar neste setor num espaço temporal de três a cinco anos, sublinhando a dificuldade vivida pelos players do setor em reter talentos.
A análise intitulada “Perceção do emprego no setor da hotelaria e restauração”, levada a cabo em maio de 2022, revela também que a principal motivação para trabalhar na área é a questão financeira, embora 40% dos inquiridos confirme que, com uma formação adequada, poderia ser uma área que recomendariam a terceiros.
Por outro lado, os dados agora revelados pela Eurofirms confirmam que as condições que mais pesam de forma negativa para que o setor não seja considerado atrativo são os horários e a conciliação familiar com 41,8% seguida dos salários praticados com 35,4% (mais de metade – 54% – não ultrapassa os 800 euros por mês), e a precariedade laboral a surgir em terceiro com 33,3% das respostas. A pouca flexibilidade existente e o plano de carreira surgem em quarto e quinto respetivamente com 24,1% e 14,8%.
De acordo com Sara Pimpão, country leader do Eurofirms Group em Portugal, “estruturalmente é necessária uma mudança no setor que possa responder aos três grandes desafios para a gestão do talento nas empresas: atrair, desenvolver e reter os colaboradores, criando, para tal, as condições que permitam tornar o setor mais atrativo.”
E acrescenta: “o nosso estudo também revelou que quase metade dos inquiridos com experiência no setor valoriza a relação com o cliente como um ponto fundamental, e talvez esteja aqui a chave que poderá converter-se numa ferramenta eficaz para reter talentos nas empresas, acrescendo com a oferta de formação”.