Miguel Quintas, chairman do grupo Airmet Portugal, afirmou que a Associação Nacional de Agências de Viagens (ANAV) é a primeira associação em Portugal a lançar um trabalho específico e legal para defender os interesses das agências de viagens. O presidente da associação falava a propósito da ação que a ANAV vai colocar contra a atuação comercial tendencialmente lesiva da Ryanair, com o objetivo de defender os direitos das agências de viagens.
“A ANAV é a primeira associação em Portugal a lançar um trabalho específico e legal para defender os interesses das agências de viagens, nomeadamente na dificuldade que as mesmas têm no dia-a-dia com a Ryanair. A transportadora é ostensiva na sua atividade bloqueando as agências de viagens na sua atividade normal e na sua necessidade de gerar rentabilidade e de dar serviços ao seu público final”, avançou.
Para resolver estas dificuldades, a ANAV vai lançar, este ano, uma ação contra a Ryanair, que visa defender os direitos das agências de viagens.
Estas informações foram reveladas na passada sexta-feira, dia 12, durante a celebração dos 18 anos do grupo Airmet em Portugal, que decorreu no restaurante Montes Claros, em Lisboa. O mesmo evento aconteceu no Porto no dia 6 de julho.
Miguel Quintas aproveitou a ocasião para proferir algumas palavras sobre a ANAV, nomeadamente sobre as suas funções e os seus objetivos futuros. “Quero aproveitar esta ocasião para falar sobre a ANAV, uma associação democrática, transparente e independente, que trabalha, sobretudo, para as agências de viagens, com o objetivo de defender os seus direitos e gerar mais dinheiro”, destacou.
De seguida, referiu que a ANAV foi a primeira associação a lançar o conceito do Dia Nacional do Agente de Viagens. “Ficámos muito felizes da associação congénere ter adotado a nossa ideia, mas não muito satisfeitos com o dia escolhido”. Para o responsável, seria fundamental que a escolha do dia para esta comemoração recaísse sobre uma data que tenha um maior interesse comercial e económico para todas as Agências de Viagens.
Recorde-se que, em comunicado, Miguel Quintas referiu que “qualquer dia que se enquadre no final do mês de maio, é uma data em que o verão se encontra totalmente vendido. Os clientes já investiram as suas disponibilidades financeiras reservadas para comprarem viagens, as Agências de Viagens estarão sobrecarregadas de trabalho nesta época do ano e, portanto, nem Agências de Viagens, nem operadores turísticos, nem clientes beneficiam devidamente com a comemoração deste dia no final de maio.”
Em paralelo, a ANAV está a criar, em conjunto com a tutela, um provedor de cliente. Este, segundo Miguel Quintas, defenderá os interesses das agências de viagens perante algum problema que possa surgir nas vendas e dá a possibilidade de gerir conflitos de uma forma “mais ágil”, garantindo o acesso imediato ao fundo de garantia.
Além disso, estão a trabalhar com as entidades públicas com o intuito de evitar alguns custos que as agências têm, de forma a começarem “a receber mais dinheiro na sua conta”. “A ANAV está focada na proteção dos interesses das agências de viagens, e fazemo-lo de uma forma prática. Não nos interessa as festas, nem as fotografias, somos uma associação independente que visa defender os vossos interesses”, concluiu.