Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros em Portugal, anunciou que a empresa encerrou 2023 com um aumento de aproximadamente 50% no número de passageiros em comparação com 2019, o último ano antes da pandemia. Embora as contas ainda não estejam finalizadas, estima-se que o total global de passageiros atinja cerca de 52 mil, com a expectativa de um possível aumento em 2024.
Durante o evento de escala inaugural do MSC Euribia no Porto de Lisboa, o segundo navio movido a LNG na frota da companhia, Eduardo Cabrita adianta que a delegação nacional da MSC Cruzeiros já vendeu cerca de 50% da ocupação que tinha para 2024. “Terminámos o ano de 2023 para 2024 com cerca de 50% da ocupação que teríamos para 2024. Estamos muito contentes, porque são números muito simpáticos para começar o ano”, afirmou.
Quanto às vendas do navio no mercado português, o diretor-geral notou que o início de 2024 “está a revelar-se mais positivo do que o período de 2022 para 2023”. Contudo, manifestou preocupações em relação aos conflitos em curso e ao panorama económico, embora tenha afirmado que existe um crescente desejo de regresso às férias como componente essencial da vida das pessoas, aproximando-se do cenário pré-pandémico.
Além disso, o responsável realçou que a MSC Cruzeiros iniciou recentemente uma ampla campanha de comunicação em Portugal, abrangendo televisão, rádio e redes sociais. “Por isso, acreditamos que nos próximos meses tudo vai evoluir mais positivamente”, reforçou.
Embora não haja lançamento de novos navios de cruzeiro em 2024, Eduardo Cabrita enfatizou a capacidade adicional em Portugal devido ao aumento de navios com saída e chegada a Lisboa, “sem concorrência”. “Acredito que possamos crescer este ano, mas não tanto como de 2019 para 2023, porque são realidades diferentes”, salienta.
Operação à partida de Lisboa
Em 2024, e pelo segundo ano consecutivo, a MSC Cruzeiros vai ter cruzeiros com partida e chegada de Lisboa, com a grande novidade de começarem mais cedo, em abril, e terminarem em novembro. Esta mudança de data permitirá à companhia ter 19 partidas, face às 12 de 2023.
O diretor-geral indica que “a expectativa é grande”. “Este é o primeiro ano em que temos um período mais alargado, com partidas e chegadas a Lisboa, de abril a outubro. Nos últimos dois anos, tivemos de junho a outubro. Vem numa altura relativamente simpática em termos de conjuntura, porque pode haver uma retração dos clientes em fazerem destinos mais longínquos e esta possibilidade de viajar de abril a outubro dá-nos uma vantagem em relação à nossa concorrência”.
Destinos preferidos dos portugueses
Continua a haver uma preferência dos clientes portugueses pelo mediterrâneo. De acordo com Eduardo Cabrita, tal deve-se principalmente à “proximidade, capacidade aérea e preço”. Adicionalmente, destacou que os “itinerários são muito interessantes”. O diretor-geral também referiu que o Norte da Europa, os cruzeiros Lisboa-Lisboa, as Caraíbas e os Emirados Árabes Unidos figuram entre as opções mais populares.
O responsável explicou que, em 2019, os cruzeiros para as Caraíbas “resultaram imensamente bem, mas estávamos a sair de um período sem quaisquer fatores externos a condicionar”. No entanto, atualmente, “as Caraíbas ainda não estão ao nível em que estavam antes da pandemia”.
O MSC Euribia é o 22.º navio da frota da MSC Cruzeiros, com 19 decks, 43 metros de largura, 2.419 camarotes e 35.000 metros quadrados de área pública. Segundo a companhia, é “o navio de cruzeiro com maior eficiência energética de todos os tempo”s, sendo o segundo navio da MSC Cruzeiros a ser movido a LNG, o combustível marítimo mais limpo atualmente disponível em escala.
O navio tem capacidade para acomodar até 6.327 passageiros. Além disso, oferece uma variedade de comodidades, incluindo 10 restaurantes e 21 bares, além de cinco piscinas e diversas áreas dedicadas ao entretenimento e bem-estar. Após este itinerário de 21 dias, o MSC Euribia passará a realizar cruzeiros de sete noites pelo Mar do Norte e, a partir de junho, expandirá as opções com itinerários pelos Fiordes da Noruega.