O conselho de administração do NH Hotel Group aprovou na passada segunda-feira, dia 18, a compra ao seu acionista maioritário Minor 100% do negócio hoteleiro em Portugal por um valor total de 133,2 milhões de euros.
Desta forma, a empresa “reforça a sua presença no mercado português” com a aquisição da propriedade de um portfólio hoteleiro que já estava em operação desde junho de 2019, sob contrato de gestão.
De acordo com uma nota da NH enviada à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV), isso permitirá que a NH “aproveite as vantagens das sinergias operacionais e comerciais” através da sua plataforma no sul da Europa e reforçar a sua atual estratégia de crescimento, com um portfólio diversificado que inclui hotéis próprios, arrendados e geridos.
Tal como reportado pela empresa, a contrapartida tem como referência um valor base dos ativos de 123,3 milhões de euros, ao qual se soma uma posição financeira líquida positiva de 9,9 milhões de euros. A empresa efetuará este pagamento através da tesouraria disponível, sem recorrer a financiamento externo.
A operação afeta 100% do capital social da empresa Minor Continental Holding (MCHL), que é a única acionista da Minor Hotels Portugal, empresa detida a 100% pela Minor.
A empresa adquirida pela NH tem 923 quartos em Portugal, distribuídos por três hotéis próprios totalizando 633 quartos, um em regime de arrendamento com 94 quartos e outro em regime de superfície até 2057 com 196 quartos. Especificamente, a compra afeta o Anantara Vilamoura Algarve Resort, com 260 quartos; o Tivoli Lagos Algarve Resort com 296 quartos; o NH Marina Portimão com 196 quartos; o NH Sintra, com 77 quartos; e The Residences at Victoria, com 45 quartos.
Este acordo cumpre o disposto no contrato assinado entre a NH e a Minor em 7 de fevereiro de 2019 no que diz respeito às áreas geográficas de preferência de cada uma das partes.
A incorporação destes hotéis proporcionará ao NH Hotel Group cerca de 11 milhões de euros em lucro operacional bruto (EBITDA) durante 2024.
A operação foi aprovada com o voto favorável de todos os membros do conselho de administração, com exceção dos diretores proprietários indicados pela Minor, que se abstiveram de participar.