Quarta-feira, Abril 30, 2025
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Número de europeus que planeia viajar diminui 4% em 2023

O número de europeus que planeia viajar de junho a novembro de 2023 diminuiu 4%, comparativamente ao ano anterior, mas continua elevado (69%), segundo o estudo Monitoring Sentiment for Domestic and Intra-European Travel da European Travel Commission.

Os austríacos (45%), os suíços (56%) e os alemães (62%) destacam-se como sendo os turistas mais hesitantes. Em contrapartida, os franceses (80%), os belgas (79%) e os britânicos (75%) são os mais interessados em viajar no mesmo período.

Embora a queda nas intenções de viagens na Europa possa ser explicada por um abrandamento de procura pós-pandemia, a análise sugere que as pressões financeiras também estejam a influenciar os turistas.

“Os nossos últimos dados mostram que as preocupações com a inflação e as finanças pessoais persistem entre os viajantes europeus. No entanto, os europeus ainda estão ansiosos por viajar nos próximos meses. Muitos estão à procura de opções de viagem alternativas, procurando experiências mais acessíveis ou considerando viajar fora de época para esticar os seus orçamentos”, declarou Miguel Sanz, presidente da ETC.

Quase um quarto dos viajantes europeus (24%) estão preocupados com o aumento global dos custos das viagens, mais 6% em relação a 2022, ao mesmo tempo que 17% estão preocupados com a situação económica e financeira.

Para fazer frente ao aumento das despesas de viagem, os europeus estão a adaptar os seus comportamentos antes de chegarem ao seu destino, ou seja 17% pretendem viajar fora de época para obter melhores preços e 14% planeiam fazer férias em destinos que consideram mais acessíveis.

Os viajantes também procuram tarifas aéreas mais baratas, sendo que 13% pretendem reservar os voos mais cedo do que o habitual para obter as melhores ofertas, e 12% planeiam voar em companhias aéreas de baixo custo.

Além disso, os europeus continuam a adaptar os orçamentos disponíveis onde 17% reduzem as despesas de compras, 15% procuram por restaurantes mais baratos e 15% escolhem alojamentos menos dispendiosos.

Outros fatores que preocupam os viajantes europeus são a guerra que a Rússia está a travar na Ucrânia (12%), destinos turísticos sobrelotados (9%), políticas de reserva e cancelamento (9%) e possíveis condições meteorológicas extremas (8%).

A Europa continua a ser a primeira escolha dos inquiridos, com 59% a planearem embarcar numas férias na região, enquanto 12% pretendem fazer uma viagem fora da Europa (mais 3% desde 2022). Já a popularidade das viagens domésticas caiu 6%, com apenas 26% dos viajantes a optarem por uma “staycation” nos próximos meses.

A Espanha continua a ser o destino mais popular para os viajantes, com 8% a planearem férias neste país, seguida da França (7%), Itália (7%), Grécia (5%) e Croácia (5%). No entanto, os destinos mediterrânicos registaram uma queda de 10% nos visitantes em relação ao ano passado. Em contrapartida, destinos como a República Checa, a Bulgária, a Irlanda e a Dinamarca estão a registar um aumento de popularidade. Este fator pode ser atribuído aos viajantes que procuram destinos menos concorridos e com temperaturas mais amenas.

Apesar do aumento do custo de vida, os viajantes europeus estão a planear várias viagens, com 33% a planearem viajar duas vezes e 26% pelo menos três vezes neste verão e outono. Outros 30% dos inquiridos estão a pensar fazer apenas uma viagem (menos 4% do que no ano passado). Em termos de duração, a maioria dos viajantes europeus (36%) opta por passar menos de uma semana (quatro a seis noites) no seu destino, enquanto 27% pretendem ficar sete a nove noites.

Viajar para um evento continua a aumentar em popularidade, com 10% dos viajantes europeus a planearem fazê-lo entre junho e novembro de 2023, contra 4% em 2022. Além disso, registou-se um aumento de 4% nas viagens de negócios, com 9% dos inquiridos a pretenderem embarcar numa viagem relacionada com o trabalho. Apesar de um declínio de 6% em relação ao mesmo período de 2022, viajar em lazer continua a ser a principal escolha para 68% dos europeus.

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