Agora que estamos a chegar ao fim de 2021, quisemos saber que balanço fazem os profissionais de turismo do ano que termina. Saiba o que elegeram como o melhor e o pior de 2021 e os seus desejos para 2022.
O melhor de 2021
“Sem dúvida, o sucesso do processo de vacinação em Portugal foi um fator muito positivo tanto para o turismo interno como para a imagem do país no estrangeiro, o que permitiu que o país fosse percecionado como seguro, captando alguns fluxos turísticos” – Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador da Vila Galé
“Resiliência do sector na luta pela sobrevivência e busca de soluções flexíveis e criativas; Aparecimentos de novos players e novas tecnologias já adaptados a uma nova realidade; e sinais claros que pandemia passou a endemia e precisamos de voltar à normalidade” – João Pinto Coelho, diretor de vendas do Onyria Golf Resorts.
“O maior e melhor impacto deste ano foi o levantamento de restrições no início do verão permitindo que a hotelaria conseguisse retomar a sua atividade, o que acabou por ajudar a minimizar o impacto desta pandemia nas nossas vidas e empresas” – João Soares, Managing Partner do Dom José Beach Hotel
“O melhor de 2021 com impacto no setor turístico foi mesmo a resposta dos portugueses à pandemia Covid-19 ao fazerem férias no seu próprio País – foi fundamental para os resultados das empresas; e a adesão ao programa de vacinação por parte de todos os portugueses, sem a qual o programa não teria sido um sucesso assinalável” – Mário Azevedo Ferreira, CEO da Nau Hotels & Resorts
O pior de 2021
“Depois de um 2020 que foi o pior ano de sempre no turismo, 2021 manteve-se como desafiante devido à instabilidade e incerteza motivadas pela pandemia, o que acabou por contrariar algum otimismo inicial. O primeiro semestre foi praticamente perdido e só em agosto começámos a ter alguma retoma nos fluxos internacionais. O mercado nacional recuperou bastante bem nos meses de verão e setembro e outubro também foram muito positivos. Porém, a partir de novembro e sobretudo nas últimas semanas do ano, voltou a incerteza o que teve impacto negativo no setor” – Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador da Vila Galé
“Subida vertiginosa de preços energia, matérias-primas e F&B; Dificuldades nos recursos humanos; As normais mutações e sazonalidade de um vírus continuarem a fazer soar os sinais de alarme e a gerarem pânico antes de qualquer analise mais profunda” – João Pinto Coelho, diretor de vendas do Onyria Golf Resorts.
“O primeiro semestre de 2021 talvez tenha sido o mais duro de sempre, no momento em que se pensava ser um ano de recuperação para todos no setor do turismo, nomeadamente regiões como Algarve dependentes do mercado externo, foi um semestre com as mais duras restrições, mas também o início de dezembro que, com uma taxa de vacinação elevadíssima fomos sujeitos a novas restrições e regras” – João Soares, Managing Partner do Dom José Beach Hotel
“Os apoios estatais foram, e continuam a ser, insuficientes – nas medidas adotadas, no acesso a muitas das medidas, na tardia resposta e nos critérios de acesso; A desaceleração dos ritmos de produção de bens provocou o caos nas cadeias de abastecimento, o que juntamente com questões geopolíticas e muita especulação, veio trazer um ciclo de inflação que terá consequências tremendas em inúmeros fatores de produção na hotelaria – combustíveis, gás e eletricidade, matérias primas e salários; As consequências serão catastróficas para a rentabilidade das empresas, que não conseguirão fazer refletir totalmente nos preços este ciclo inflacionário” – Mário Azevedo Ferreira, CEO da Nau Hotels & Resorts
Desejos para 2022
“Depois de dois anos de pandemia, o principal desejo é que se minimizem as perturbações nas regras das viagens e que se assista de uma forma consistente à retoma no sector e à progressiva normalização da atividade turística nos diferentes mercados” – Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador da Vila Galé
“Comunicação Social generalista menos focada no sensacionalismo que gera pânico e medo; Foco na analise dos números, com histórico e com em proporção, que levem a melhor tomada de medidas (exemplo: comparar número de mortes covid vs histórico de mortos por gripe sazonal. Ou número de internamentos face a períodos homólogos); Que domine a coragem, e não o medo e populismo, na tomada de decisões para voltarmos normalidade rapidamente; Novo governo avance com as reformas estruturais que país necessita nomeadamente ao nível Fiscal e da Justiça” – João Pinto Coelho, diretor de vendas do Onyria Golf Resorts
“Que seja o ano de viragem e que tudo regresse à normalidade, para que se possa circular sem quaisquer restrições e possamos voltar a proporcionar a quem nos visita a realização de sonhos e vivências como não tiveram nos últimos 2 ano” – João Soares, Managing Partner do Dom José Beach Hotel
“A nova variante Covid-19, e a forma casuística e desordenada como os governos estão a lidar com a situação, não augura nada de bom para o início de 2022. Desejo que as vacinas e novos medicamentos possam travar e por fim a esta pandemia, e que a vida regresse à normalidade. Desejo que o ciclo inflacionário seja controlado rapidamente, e não passe de um problema conjuntural. E desejo que das eleições de 30 de Janeiro saia um governo forte e competente, capaz de fazer as reformas que o nosso País tanto precisa em múltiplas áreas. São três desejos de difícil concretização… mas temos que ter esperança” – Mário Azevedo Ferreira, CEO da Nau Hotels & Resorts