Cerca de 200 profissionais representantes de agências de viagens manifestaram-se em frente à sede do Ministério do Turismo de Marrocos, em Rabat, na passada terça-feira, dia 4 de janeiro, para exigir medidas de apoio e a reabertura de fronteiras em virtude do colapso do setor desde o início da pandemia.
Recorde-se que todos os voos de passageiros de e para Marrocos foram suspensos desde 29 de novembro e pelo menos até 31 de janeiro devido ao surto da variante Omicron.
“O último encerramento da fronteira é um golpe fatal, outros países concorrentes aproveitaram-se disso, como Turquia, Egito ou Emirados”, lamenta Raja Ould Hamada, proprietária de uma agência de viagens em Marraquexe, em declarações aos jornalistas da agência AFP.
“Não recebemos nenhum apoio, nem material nem moral. Pedimos aos responsáveis do ministério que nos ouçam e ouçam as nossas dificuldades “, defendeu, preocupada com “a desestabilização e perda de credibilidade do setor (marroquino) perante as companhias aéreas internacionais e os investidores estrangeiro”.
“Todos sabem que a situação é catastrófica! A questão é: ‘o que o governo está a fazer?”, acrescentou à AFP Lahcen Zelmat, presidente da Federação Nacional da Indústria Hoteleira. A Federação pede “o adiamento dos empréstimos bancários e a assunção da responsabilidade dos juros pelo Estado e especialmente que nos deixe trabalhar pela reabertura das fronteiras”, detalhou.
A Ministra do Turismo de Marrocos, Fatima-Zahra Ammor, comprometeu-se a aplicar com urgência um vasto plano de apoio. Uma ajuda mensal de 2.000 dirhams (cerca de 190 euros) foi prometida aos trabalhadores do setor para o último trimestre de 2021.