Quinta-feira, Novembro 13, 2025
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Passageiros denunciam falta de higiene nos transportes públicos

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O Portal da Queixa registou, em junho de 2025, um aumento de 57% no número de reclamações relacionadas com falta de higiene nos transportes públicos. As queixas incluem lixo acumulado, odores desagradáveis e a presença de baratas, com a Carris Metropolitana, a CARRIS e a CP – Comboios de Portugal entre as entidades mais visadas.

Entre 1 de janeiro e 20 de julho de 2025, foram submetidas 1.172 reclamações ao setor dos transportes públicos, abrangendo as categorias “Transportes Coletivos de Passageiros” e “Comboio e Metropolitano”. Destas, 23% estão associadas a problemas de higiene, que surgem como o segundo motivo mais recorrente de insatisfação.

No segundo trimestre de 2025, o setor registou um crescimento de 27,21% no número total de queixas face ao período homólogo do ano anterior. Além da falta de higiene, os principais motivos de reclamação incluem: mau funcionamento ou qualidade do serviço (27,47%); atrasos e interrupções (14,68%); atendimento ao cliente (11,86%); questões financeiras e contratuais (9,30%); falta de segurança (8,70%); falhas técnicas e operacionais (3,75%).

Entre as entidades mais visadas estão a Carris Metropolitana a recolher 19,97% das queixas, seguida da CARRIS (18,52%) e da CP – Comboios de Portugal (16,98%). Em quarto figura a empresa que opera no distrito do Porto, a UNIR, com 13,48% das reclamações geradas este ano, e depois a Fertagus com 9,64%. A empresa STCP absorve 4,44% das queixas contra o setor e a Metro do Porto 4,18%. Já a Metro Lisboa acolhe 3,41%. Os SMTUC (Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra) foram alvo de 2,39% dos casos e os Transportes Colectivos do Barreiro receberam 2,05% das reclamações registadas desde o início do ano.

Para Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa: “A falta de condições de higiene nos transportes públicos é um problema que os passageiros enfrentam diariamente e que tem vindo a ganhar expressão no Portal da Queixa. Em 2025, quase um em cada quatro reclamações relacionadas com o setor denunciam situações de insalubridade, sendo algumas verdadeiramente alarmantes, como a presença de baratas. Estes dados devem servir de alerta para as entidades responsáveis, que não podem continuar a ignorar uma questão tão básica como garantir um ambiente minimamente higiénico nos serviços públicos de transporte.”

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