“Pay When You Fly” poderá ser o novo método de pagamento que permite aos viajantes fazer uma reserva de voo (que inclui hotel ou aluguer de carro), pagando um pequeno depósito de cerca de 15%, que será ajustado ao saldo final algumas semanas antes da viagem.
As grandes taxas de cancelamento geradas durante a pandemia levaram ao surgimento de problemas com os reembolsos dos viajantes, que podiam demorar meses atém serem processados. Por forma a preservar o fluxo de caixa vital, as empresas de viagens começaram a oferecer vouchers para viagens futuras. No entanto, a incerteza sobre levantamento das restrições governamentais resultou no aumento da insegurança em relação à praticidade dos vouchers.
Um novo estudo da agência de pesquisa Opinium, realizado em nome da Amadeus durante maio de 2021 e que contou com 5.000 viajantes de todo o mundo, destaca o impacto que a “incerteza do reembolso” tem sobre a confiança dos viajantes.
Os resultados mostram que 81% confirma que o aumento do risco de cancelamentos, devido à situação pandémica, é uma barreira para a reserva de viagens este ano, com a incerteza de reembolso (46%) e a inconveniência do processo de reembolso (38%) como maiores preocupações aquando do cancelamento de um voo.
Restaurar a confiança dos viajantes
São várias as companhias aéreas que decidiram tomar medidas para superar a incerteza dos reembolsos. Uma transportadora europeia assumiu a liderança com a solução “Pay When You Fly” (PWYF), uma nova opção de pagamento em que o viajante paga um pequeno depósito, em torno de 10-20% do custo total (que não é reembolsável caso o viajante decida cancelar). O saldo é então liquidado algumas semanas antes da partida, minimizando o risco de cancelamento.
É importante ressaltar que o viajante não celebra contrato de crédito e não é responsável pelo pagamento do saldo total. Em caso de cancelamento, a companhia aérea não enfrenta um grande número de refinanciamentos para processar, uma vez que a maioria dos fundos do viajante permanece com o mesmo até o último minuto.
De acordo com o estudo da Amadeus, o PWYF é a opção de pagamento mais atraente (39%), em comparação com os métodos tradicionais de pagamento na reserva (36%) e “Buy Now, Pay Later” (24%), que exigem que o viajante celebre um contrato de crédito para todo o saldo.
É ainda de salientar que os viajantes revelaram estar dispostos a gastar mais 36% em viagens neste verão, caso estivesse disponível o modo de pagamento PWYF, o que revela que o mesmo pode ajudar as transportadoras a impulsionar vendas de maior valor.