“A operação dos nossos hotéis está a correr muito bem. A nossa estratégia comercial foi ligeiramente alterada, começámos a gerir os canais de distribuição de forma proativa e a atualizar os preços”, avançou Miguel Andrade, diretor geral de operações da PHC Hotels, esta quinta-feira. “Esta alteração, resultou num aumento do preço médio, mais receita e consequentemente mais RevPar. Nós estamos a crescer em RevPar mais do que a cidade de Lisboa – acima dos 20%”, acrescentou o responsável.
Durante uma conferência de imprensa, que decorreu esta quinta-feira no recentemente inaugurado Convent Square Lisbon, Vignette Collection, Miguel Andrade partilhou informações sobre o desempenho da unidade de cinco estrelas, que abriu no dia 1 de agosto, em parceria com a IHG Hotels&Resorts.
“Durante o mês de agosto, limitámos o inventário. Não abrimos com todas as chaves, porque queríamos testar o produto, queríamos garantir que as equipas conseguiam entregar um serviço de qualidade, para podermos manter a nossa proposta de valor dentro do segmento de luxo. Preferimos abrir com um inventário mais reduzido e, durante o mês de agosto, conseguimos incorporar as 121 chaves que temos no hotel”, explicou o diretor.
O primeiro mês de operação em pleno, setembro, superou as expectativas do grupo, com uma taxa de ocupação acima de 70%. “Começámos o mês com cerca de 35% de ocupação e o pick-up foi brutal. Estamos bastante satisfeitos. Em outubro, temos uma boa base de ocupação, já ultrapassámos os 50%, e vamos, com certeza, melhorar os números que tivemos em setembro. Vamos conseguir proporcionar aos nossos clientes uma proposta de valor e de qualidade digna do espaço e do preço médio que estão a pagar”, acrescentou.
O hotel tem como objetivo manter uma ocupação constante entre 75% e 80%, garantindo uma experiência de qualidade para os seus hóspedes, dado o caráter de luxo do seu produto. “Como temos um produto de luxo, temos de garantir, acima de tudo, a experiência do cliente”, enfatizou.
Relativamente ao desempenho financeiro, Miguel Andrade revelou que o Revenue per Available Room (RevPar) deverá permanecer acima dos 250 euros até ao final do ano, e a meta para o próximo ano é atingir os 280/300 euros.
De acordo com o diretor, o perfil de clientes predominante no Hotel Convent Square é composto por casais com idades entre os 55 e os 60 anos, que são viajantes experientes à procuram conforto e qualidade. Durante o dia, desejam explorar Lisboa e, à noite, procuram desfrutar de um refúgio de luxo no hotel.
Os principais mercados para o hotel incluem os Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, com um aumento no número de hóspedes alemães e brasileiros.
O hotel também investiu em instalações de fitness, atendendo às preferências de um público ativo. “Temos uma área de fitness muito procurada. O cliente de 55/60 anos, apesar de não ser da geração millennial, é um cliente ativo. No final do dia, faz jogging ou vai correr na Avenida da Liberdade. Nós temos um centro de fitness, com máquinas e uma piscina coberta, que é ideal para um mergulho ao final do dia”, salientou.
Em relação às reservas, a maioria dos clientes (acima de 50%) opta por reservar através dos canais internos da marca InterContinental, beneficiando do cartão de fidelidade da marca. No entanto, o hotel também colabora com operadores turísticos, agências de viagens online, “com os wholesalers portugueses, como a Abreu e a Top Atlântico” e com empresas de gestão de destinos, para atender a diversos segmentos de clientes.
Quanto aos planos futuros, Miguel Andrade anunciou que estão atentos ao mercado, tanto em Lisboa como noutras regiões de Portugal. Além disso, revelou mais informações sobre o plano de requalificação do Hotel Mundial, com obras programadas para começar no segundo semestre de 2024, em parceria com a BroadwayMalyan para design e arquitetura e com a DDN para gestão de projeto e engenharia.