Os pontos turísticos da Madeira com maior afluência vão ter novas regras para evitar congestionamentos, designadamente em termos de horários, indicou na quarta-feira o executivo madeirense.
“Toda a gente fala do congestionamento. Nós vamos auscultar, vamos ouvir o setor, ou seja, a mesa da ACIF [Associação Comercial e Industrial do Funchal] da hotelaria vai ser ouvida e fazer as sugestões para depois nós não tomarmos decisões e dizerem que devia ter sido assim ou assado”, disse o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.
Em declarações aos jornalistas, o chefe do executivo madeirense (PSD/CDS-PP) realçou que as decisões vão ser tomadas “em conformidade com os profissionais da área”, escusando-se, contudo, a adiantar para já pormenores.
“Penso que há que fazer alguns ajustamentos. Acho que não é uma questão dramática, não vale a pena estarmos a fazer dramas. É uma questão de bom senso. Como não é possível fazermos a coordenação entre os agentes, vamos ter de impor regras”, afirmou.
Miguel Albuquerque rejeitou que haja excesso de turismo na Madeira e defendeu que é um “bom problema”, assegurando que o Governo Regional irá “resolver agora”.
O presidente do executivo referiu como “pontos de maior conflito” o miradouro do Cabo Girão, assim como alguns percursos pedonais, designadamente as levadas dos Balcões e das 25 Fontes. “Além disso, é necessário estimular a procura de novos percursos turísticos que estão disponíveis e não são tão utilizados”, defendeu.
Também a secretária Regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, Susana Prada, indicou na quarta-feira de manhã que será apresentada uma proposta à Associação Comercial e Industrial do Funchal para diminuir os congestionamentos e a sobrecarga nos principais percursos pedonais e atrações turísticas da região.
A governante não quis adiantar pormenores da proposta, mas referiu que “as pessoas não vão poder ir todas às nove da manhã” para esses locais.