Depois de cinco anos a liderar as vendas do grupo Lufthansa em Portugal, Patrick Borg Hedley disse adeus ao mercado português para abraçar o mesmo desafio na Finlândia e Bálticos. O seu lugar é agora ocupado por Thomas Ahlers, reportando a Julia Hillenbrand, Diretora Sénior de Vendas para a Europa Ocidental do Grupo Lufthansa, com escritório em Madrid.
A passagem de testemunho assinalou-se simbolicamente esta segunda-feira, dia 29 de novembro, em Lisboa, num evento que reuniu alguns players do mercado. Na ocasião, Patrick Borg Hedley teve a possibilidade de se despedir e fazer um balanço destes cinco anos a liderar as vendas do mercado português. O responsável destacou dois momentos: a introdução do NDC da companhia e a abertura de rotas e frequências, que culminou este ano com a presença da companhia Lufthansa nos Açores.
“No início foi difícil [NDC], houve muita discussão. Agora deixo Portugal feliz porque conseguimos envolver os nossos parceiros, a maioria dos agentes de viagens estão agora ligados ao nosso NDC. Vimos um grande progresso. Já não falamos do NDC da mesma forma que falámos quando introduzirmos em 2015”, afirmou.
Por outro lado, Hedley destacou a expansão de voos e frequências para Portugal, que permitu passar de 1,6 milhões de passageiros transportados em 2016 para 2,4 milhões pré-pandemia. “Para chegar a esta meta, foi preciso conhecer a procura. Portugal é um dos mercados de procura com um produto fantástico. Fomos de encontro à procura aumentando as frequências. No meu primeiro mês lançámos Frankfurt-Funchal, Munique-Funchal, e depois formo-nos no Porto. A cereja no topo do bolo foi 2021, no meio da pandemia, a abertura de rotas para os Açores. Já tínhamos planeado Genebra- Ponta Delgada em 2020, mas não conseguimos. Em 2021, finalmente lançámos Frankfurt-Ponta Delgada e um mês depois Genebra-Ponta Delgada com a SWISS, e ambas são rotas de sucesso para a Lufthansa.”
Por sua vez, Julia Hillenbrand, Diretora Sénior de Vendas para a Europa Ocidental do Grupo Lufthansa, com escritório em Madrid, responsável pelos mercados França, Luxemburgo, Espanha, Portugal e Holanda, agradeceu a Patrick Borg Hedley o trabalho efetuado em Portugal e deu as boas-vindas a Thomas Ahlers.
“A indústria da aviação foi muito afetada pela crise, é a primeira a entrar na crise e provavelmente a última a sair. Estamos muito otimistas quanto ao futuro, com a abertura do mercado dos EUA em novembro, foi um sinal muito positivo para o setor”, disse a responsável.
Comparativamente a 2019, o Grupo Lufthansa está a transportar 50% dos passageiros e já retomou 55% dos voos para 80% dos destinos.
“Sentimos uma recuperação semana-a-semana, e mês a mês, claro que depende da evolução da pandemia, infelizmente temos agora as notícias da nova variante, é algo com o que temos de aprender a viver e adaptar-nos de forma muito rápida”, referiu Julia Hillenbrand.
Thomas Ahlers promete continuar o trabalho desenvolvido até aqui, com a equipa portuguesa, de envolvimento com o mercado.
“Queremos manter a operação estável em Lisboa e Porto, que representa 80% da capacidade do grupo. O vimos durante a pandemia é que as pessoas querem ir de férias, para um sítio seguro e perto. Muitos destinos de longa distância estavam fechados e vimos uma grande procura para Portugal. Acredito que vai continuar, temos planos para crescer a dois dígitos este inverno, comparativamente a 2019, a nossa capacidade é maior, vamos ver se conseguimos mantê-la, depois das últimas notícias. Estamos focados em Portugal como mercado, porque a vacinação tão elevada permite dar segurança aos nossos passageiros”.