O presidente da Vila Galé considera a inclusão de Portugal na lista verde dos países para os quais os britânicos podem viajar já a partir do dia 17 de maio “uma excelente notícia”. No entanto, alerta: “Hoje vivemos num momento que não dá para termos grandes expectativas, porque todos os dias estamos sempre a ser surpreendidos com coisas que nos atrapalham mais a vida”.
Em declarações ao TNews, Jorge Rebelo de Almeida recorda que, no ano passado, o corredor verde entre o Reino Unido e Portugal teve um impacto imediato na ocupação dos hotéis no Algarve, mas “foi muito efémero”. “É evidente que, desta vez, está tudo mais ou menos conjugado para poder bater certo, porque Inglaterra teve um excelente resultado na vacinação. Penso que os ingleses estão loucos para viajar, Portugal é um dos destinos favoritos e acredito que vai correr bem e vamos ter ingleses”.
Para o presidente da Vila Galé, Portugal devia estar a preparar-se, neste momento, “para voltar à vida em força”, e “com algum simbolismo, acabar com o teletrabalho e voltarmos ativamente a fazer coisas”. “A vacinação está a correr bem, esperemos que continue neste bom ritmo. Até ao final deste mês ficam vacinadas as pessoas de maior risco. Penso que isto pode ir no bom caminho”, afirma.
“Há esta obsessão com a obrigatoriedade do teletrabalho. Não intervenham na vida das empresas. Deixem-nas decidir juntamente com os trabalhadores esse tema”
Jorge Rebelo de Almeida considera, ainda, que o Estado não devia intervir na vida das empresas e dá o exemplo do teletrabalho: “Há esta obsessão com a obrigatoriedade do teletrabalho. Não intervenham na vida das empresas. Quem tem de se movimentar agora para voltar a dinamizar a economia são as empresas, que têm mostrado ser responsáveis, resistentes, empenhadas e trabalhadoras. Deixem-nas decidir juntamente com os trabalhadores esse tema. Não temos, no nosso caso, nenhum problema [com o teletrabalho], o que irrita é estarem a impor-nos normas todos os dias”.