Quarta-feira, Fevereiro 19, 2025
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“Portugal precisa de uma qualificação”. Pedro Machado coloca 4 desafios às Entidades Regionais

O secretário de Estado do Turismo afirmou esta terça-feira, dia 4, que o problema de Portugal “não é o excesso de turistas, mas sim a falta de qualificação e diversificação daquilo que é experiência turística no país”. Pedro Machado falava na sessão de abertura da 10º edição do Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”, que decorre em Torres Vedras.

“Portugal não tem turistas a mais”, começou por dizer Pedro Machado, assegurando que “o país precisa de qualificar e diversificar aquilo que é a sua experiência turística e, em alguns casos, precisa de reforçar a atratividade de pontos de interesse nas regiões de maior concentração turística”.

“A vantagem competitiva, económica e social que o turismo traz a Portugal é essencial para a consolidação do crescimento, da distribuição da riqueza e da coesão territorial do nosso país”, afirmou.

Além de três problemas estruturais que o país apresenta, nomeadamente a sazonalidade, a estadia média e a litoralização da atividade turística, Pedro Machado colocou quatro desafios às entidades regionais.

O primeiro desafio passa por uma maior integração e colaboração por parte das Entidades Regionais. De acordo com o Secretário de Estado do Turismo, isto significa que há desafios que se colocam entre as cinco entidades e aquilo que é a ambição traçada para 2035. “A assunção dos grandes temas que afetam hoje a atividade turística, económica, social e cultural faz com que haja uma extraordinária cumplicidade e colaboração entre os organismos regionais. O que muda é a escala e as idiossincrasias de cada região, os objetivos são praticamente os mesmos”. Os objetivos, segundo o responsável, são o crescimento, a sustentabilidade, a internacionalização das empresas, o crescimento dos produtos em valor e, por último, o combate à sazonalidade.

O segundo desafio é a inovação e o pragmatismo, ou seja, por um lado não esquecer que o processo de transição tecnológica e digital é irreversível, e que esta transformação “pode ser útil” às entidades regionais. “Acredito que esta inovação pode ser em produto, marca ou território e que não é exclusiva às soluções digitais mais inovadoras. Quero dizer que a introdução da tecnologia, como a Inteligência Artificial, pode ser de facto uma linguagem que as entidades também têm que assumir”.

Em terceiro lugar, Pedro Machado acredita que as entidades regionais têm de ser cada vez mais disruptivas. “Na revisão da Lei 33, gostaria de colocar a ideia das entidades regionais se assumirem como organismos intermédios, para que possam ter uma maior capacitação de programas e para que facilitem o acesso de todos os cidadãos aos grandes programas nacionais”.

Como quarto desafio, o Secretário de Estado do Turismo julga que tanto as empresas, como os empresários, devem aumentar o grau de participação naquilo que é o Modelo de Governance dos destinos regionais. “Precisamos de ter mais empresas a internacionalizarem-se e precisamos de aumentar a capacitação das pequenas empresas para que as mesmas possam chegar a médias empresas. Se necessário defendo que haja um processo de agregação de algumas empresas para que elas possam ter uma maior escala e uma maior dimensão”. Pedro Machado deixou claro que neste modelo é necessário refletir sobre a articulação entre a produção externa e interna, com o objetivo de crescer mais em valor, em sustentabilidade e em experiência.

A 10º edição do Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal” decorre entre os dias 3 e 5 de junho em Torres Vedras, com mais de 500 participantes inscritos.

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