Terça-feira, Fevereiro 18, 2025
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Presidente da AHP aborda desafios do turismo da Madeira e posiciona-se contra “banalização de taxas” turísticas

Na sessão de abertura do congresso da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), o presidente da associação, Bernardo Trindade, abordou temas cruciais que impactam diretamente a atividade turística na Madeira, destino que acolhe este ano o evento. Um dos temas destacados foi a questão das taxas turísticas. Bernardo Trindade reforçou a posição da AHP contra a “banalização das taxas turísticas, argumentando que o setor já enfrenta uma carga significativa de taxas, compromissos e exigências logísticas por parte do Estado. “Hoje, são muitas as taxas, os compromissos, a logística que todo o Estado exige às empresas. Temos de prosseguir este caminho de redução da burocracia, de redução dos encargos fiscais e contributivos”, referiu o responsável.

No entanto, reconhecendo a possibilidade da implementação de uma taxa turística na Madeira, Trindade sugeriu que, se a decisão soberana for confirmada, a AHP inclina-se para uma taxa regional. O responsável enfatizou a importância de uma distribuição equitativa da receita gerada pela taxa, considerando a crescente dualidade entre as cidades e as experiências na natureza na Madeira. Para garantir esse equilíbrio, propôs que o modelo de governação e decisão sobre o destino dos fundos conte com a participação ativa de representantes dos empresários da hotelaria.

“Para que esse equilíbrio seja bem construído, entendemos que o modelo de governação e decisão sobre o destino a dar às verbas deve contar com representantes dos empresários da hotelaria. Defendemos e bater-nos-emos por este modelo em qualquer região ou município que decida pela implementação de uma taxa turística.”

O presidente da associação destacou a experiência positiva em Lisboa, onde a AHP trabalha em colaboração com a Câmara Municipal e a AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal) num comité de investimentos, “promovendo propostas, discussões, lealdade e consensos”.

Outro ponto abordado no discurso foi a persistente questão dos ventos no aeroporto, causando prejuízos consideráveis em toda a cadeia do setor, desde aviões até hotéis, restaurantes e serviços, afetando, inclusive, a reputação da região.

Bernardo Trindade expressou a sua preocupação com o atraso no desenvolvimento e implementação dos equipamentos necessários para lidar com os ventos no aeroporto, enfatizando que, apesar de estarem em produção, o inacreditável atraso na conclusão dessas medidas tem impactos significativos na indústria turística local.

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