O relatório anual da Family Travel Association (FTA) revelou que o mercado das viagens em família continuará a registar um crescimento robusto nos próximos meses, com 81% dos entrevistados a afirmar que planeia viajar em família no próximo ano. Apesar destes valores, 59% dos pais inquiridos considera que a acessibilidade dos preços é um desafio para as viagens em família.
“Embora tenha diminuído 4 pontos percentuais em relação a 2022 e 7 pontos em relação a 2021, continua a ser superior ao registado em 2019 (70%)”, afirmam os especialistas. Ainda assim, os resultados mostram-se inferiores ao pico de 2015 e 2016, quando 93% dos inquiridos afirmou que era “provável ou muito provável” que viajassem com os seus filhos.
Além disso, uma tendência que se mantém forte é o interesse nos consultores de viagens para o planeamento de férias, com 38% dos pais a recorrer, nos últimos três anos, a um agente de viagens para reservar pelo menos uma viagem em família. Por sua vez, 71% dos pais indicou que está disposto a recorrer a um agente de viagens nos próximos anos.
Segundo os dados do relatório, “os grandes grupos familiares são um grande contribuinte para o crescimento do mercado”, com mais de 50% dos pais a afirmar que está a planear viajar com avós e filhos. Enquanto que a principal escolha para as viagens “multigeracionais” (avós, pais e filhos) continua a ser as férias na praia, as viagens “sem gerações” (crianças e avós, sem a presença dos pais) têm como intuito visitar museus e atrações culturais.
De acordo com Peter Bopp, diretor de investigação da FTA, as famílias estão cada vez mais conscientes dos impactos positivos das viagens. “Este ano, inquirimos os pais sobre a recuperação dos seus filhos da pandemia e sobre o papel que as viagens em família desempenham nessa recuperação – 88% dos pais referiu que as viagens em família são úteis para os seus filhos ultrapassarem alguns dos impactos persistentes da pandemia. Além disso, 84% dos pais afirmou que as viagens em família ajudam a tornar os seus filhos mais adaptáveis e abertos a novas experiências”.
Por sua vez, Lynn Minnaert, coautora do inquérito, sublinha a intenção dos pais em manter ou aumentar as suas despesas com viagens em família no próximo ano. “No entanto, apesar desta forte previsão, verificamos que as famílias estão a começar a manifestar preocupações quanto à acessibilidade e ao aumento do custo das viagens. Por exemplo, 50% dos nossos inquiridos afirmou que vai evitar hotéis e companhias aéreas que cobram taxas extra e 49% referiu que vai prestar mais atenção às políticas de cancelamento”, sublinhou.