Os proveitos na atividade turística aumentaram 70,3%, para 608,2 milhões de euros, em setembro face ao mesmo mês de 2021, tendo subido 21,3% relativamente a setembro de 2019, pré-pandemia, divulgou esta segunda-feira o INE.
“Os proveitos totais aumentaram 70,3% [em termos homólogos] para 608,2 milhões de euros e os proveitos de aposento atingiram 469,2 milhões de euros, refletindo um crescimento de 74,5%. Comparando com setembro de 2019, registaram-se aumentos de 21,3% e 22,5% nos proveitos totais e de aposento, respetivamente”, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE) nos dados da ‘Atividade Turística’ relativos a setembro.
No mês em análise, o setor do alojamento turístico – hotelaria (hotéis, hotéis-apartamentos, apartamentos turísticos, aldeamentos turísticos, pousadas e quintas da Madeira), alojamento local com 10 ou mais camas e turismo no espaço rural/de habitação – registou 2,9 milhões de hóspedes e 7,7 milhões de dormidas, correspondendo a variações homólogas de +41,3% e +37,4%, respetivamente (+33,2% e +32,3% em agosto, pela mesma ordem).
Face a setembro de 2019 – antes da pandemia e, até ao momento, o melhor ano turístico nacional – registaram-se crescimentos de 0,2% e 0,7%, respetivamente, refere o INE.
Por sua vez, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 78,0 euros e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 115,6 euros, a que correspondem a aumentos de 62,6% e 26,5% face a setembro de 2021. Em relação a setembro de 2019, o RevPAR aumentou 17,7% e o ADR cresceu 18,9%.
Já a taxa líquida de ocupação-cama (56,0%) aumentou 11,8 pontos percentuais em setembro (+11,1 pontos percentuais em agosto) face a igual período de 2021, mas ficou ainda abaixo dos 57,6% observados em setembro de 2019.
No mês em análise, o mercado interno contribuiu com 2,4 milhões de dormidas, recuando 3,1%, tendo os mercados externos predominado (peso de 68,2%) e totalizado 5,2 milhões de dormidas (+70,7%). Comparando com setembro de 2019, as dormidas de residentes aumentaram 10,0% enquanto as de não residentes diminuíram 3,2%.
Em setembro deste ano, o Algarve concentrou 30,4% das dormidas, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (24,5%) e o Norte (16,2%), tendo-se registado aumentos das dormidas em todas as regiões, mas “mais expressivos” na Área Metropolitana de Lisboa (+77,6%), no Norte (+48,8%) e no Centro (+28,6%).
Comparando com setembro de 2019, apenas o Algarve e o Centro registaram decréscimos (-9,2% e -3,3%, respetivamente), sendo que os maiores aumentos ocorreram na Região Autónoma da Madeira (+17,0%), seguida do Norte (+8,7%) e da Região Autónoma dos Açores (+8,2%).
Em setembro, entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas, o INE destaca Albufeira, que, ainda assim, apresentou ainda uma redução das dormidas face a 2019, principalmente de não residentes (-16,4% nos não residentes e -5,8% nos residentes).
As taxas líquidas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na Região Autónoma da Madeira (72,1%), Área Metropolitana de Lisboa (65,5%), Região Autónoma dos Açores (60,2%) e Algarve (59,1%).
Em sentido inverso, os maiores acréscimos neste indicador continuaram a verificar-se na Área Metropolitana de Lisboa e no Norte (+24,3 pontos percentuais e +12,8 pontos percentuais, respetivamente).
Considerando o terceiro trimestre de 2022, as dormidas aumentaram 48,8% (+2,9% face ao terceiro trimestre de 2019): As dormidas de residentes diminuíram 3,6% (+10,8% em relação ao terceiro trimestre de 2019) e as de não residentes cresceram 108,3% (-0,8% comparando com o terceiro trimestre de 2019).
Neste trimestre, os proveitos totais aumentaram 78,1% (+24,4% em relação ao terceiro trimestre de 2019) e os relativos a aposento cresceram 81,2% (+25,2% comparando com o terceiro trimestre de 2019).
No conjunto dos primeiros nove meses de 2022, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 22,6 milhões de hóspedes e 61,3 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 105,1% e 103,7%, respetivamente. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 2,6% (+4,6% nos residentes e -6,3% nos não residentes).