A redução das emissões está a remodelar a forma como as empresas abordam as deslocações dos seus funcionários, revela um recente relatório da Phocuswright, intitulado “Dilema Verde: Como a Redução das Emissões Afeta as Viagens Corporativas”.
O relatório revela que, apesar do retorno das viagens corporativas ao ritmo pré-pandemia, as práticas e as prioridades das empresas “mudaram consideravelmente”. A ênfase na sustentabilidade e na redução das emissões de gases de efeito estufa emergiu como um fator-chave na formulação das políticas de viagens corporativas.
O estudo também conclui que “a nova capacidade de distribuição da IATA (NDC) e as reservas diretas de companhias aéreas têm colocado pressão sobre os intermediários, novos intervenientes têm tomado o centro do palco, e tecnologias como a personalização e a IA generativa aumentaram a competição para os fornecedores de viagens”.
Uma das principais conclusões do relatório é que as empresas estão a repensar os seus gastos com viagens, com muitas delas alocando menos recursos para este fim. Este fenómeno é atribuído, em parte, ao compromisso das empresas em reduzir o seu impacto ambiental, especialmente no que diz respeito às emissões de carbono associadas às viagens de negócios.
O compromisso das empresas Fortune 1000 com metas de sustentabilidade baseadas na ciência e a crescente preocupação com as emissões do Escopo 3 têm sido impulsionadores importantes desta mudança, segundo os dados. As emissões do Escopo 3, que incluem as provenientes das viagens de negócios, têm sido alvo de um escrutínio crescente por parte das empresas empenhadas em reduzir a sua pegada de carbono.
“Uma confluência de fatores tem fortalecido estas medidas de sustentabilidade corporativa. Está a tornar-se mais aceitável, até louvável, considerar outros modos de transporte ou classes de viagem ou consolidar várias viagens numa só, enquanto algumas viagens nem precisam de acontecer. Ao substituir as reuniões presenciais por videoconferências, muitas empresas mostraram que conseguem alcançar os seus objetivos sem perder o ritmo”, destaca o relatório da Phocuswire.
A redução das milhas aéreas é destacada como uma das medidas mais simples e eficazes para as empresas limitarem as suas emissões de carbono, ao mesmo tempo que reduzem custos. Embora algumas práticas sustentáveis possam implicar custos adicionais, como a preferência por voos diretos ou estadias em hotéis “verdes”, o relatório sugere que, quando combinadas estrategicamente, podem resultar numa redução geral das viagens corporativas.