Carla Salsinha, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, destacou que a capital “ultrapassou todos os números” em 2024, tendo crescido pela primeira vez mais do que o Algarve em termos de dormidas.
Durante a sessão de abertura do XXI Congresso da Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal (ADHP), Carla Salsinha afirmou esta quinta-feira, dia 20, que, “ao longo dos últimos 12 anos, temos vindo constantemente a ultrapassar os números do ano anterior, atingindo sempre novos recordes”.
No ano passado, “além de termos sido a região com o maior número de dormidas, hóspedes e receitas, pela primeira vez a região teve todos os seus municípios no índice nacional de estatística”, referiu a presidente da ERT, explicando que, “até 2023, tínhamos dois municípios que não tinham hotelaria; hoje isso já não acontece”.
Além disto, Carla Salsinha sublinhou que, “pela primeira vez, crescemos mais em termos de dormidas do que o Algarve”. A executiva reiterou que “o Algarve costuma ter sempre esse número e Lisboa está a suplantar”.
Para Carla Salsinha, “os outros setores da economia não têm a visão estratégica que o setor do turismo”, mesmo “passando por diferentes governos e diferentes ideologias”. A responsável reconheceu que, “ao longo destas últimas décadas, privados e público têm feito um caminho único de projetar o turismo com qualidade”.
Atribui também estes resultados ao “trabalho notável” que os municípios da região de Lisboa têm realizado “na requalificação do espaço público e do seu património cultural e histórico”. Em particular, referiu que “são as empresas que estão de parabéns, porque são elas que trazem os turistas e que nos ajudam a catapultar”.
Carla Salsinha reforçou ainda a realização do XXI Congresso da ADHP, que conta com mais de 700 participantes inscritos, no concelho de Almada. “Nos 18 municípios que a região de Lisboa tem, quatro concentram 80% do turismo, mas o quinto, o top 5, é Almada”, disse.
“A Almada tem, ao longo dos últimos anos, vindo a crescer constantemente em termos de turismo porque fez uma aposta não só em determinados eventos, mas também nessa requalificação”, acrescentou.
