Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, sublinhou que a crise política em Portugal “não deverá afetar o nosso sentimento daquilo que é o percurso normal que a indústria do turismo está a fazer”, durante o XXI Congresso da ADHP, a decorrer na Costa da Caparica, em Almada.
O secretário de Estado do Turismo discursava esta quinta-feira, dia 20, na sessão de abertura do XXI Congresso da Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal (ADHP).
“Não só nos associamos ao momento francamente positivo que o país está a viver, mas simultaneamente também com as preocupações inerentes ao desenvolvimento da conjuntura política”, afirmou Pedro Machado durante a sua intervenção.
“Pese embora o 18 de maio seja mais próximo do que às vezes julgamos, julgamos nós que não deverá afetar o nosso sentimento daquilo que é o percurso normal que a indústria do turismo está a fazer”, acrescentou.
O governante destacou que o turismo em Portugal está a viver “um momento de fiabilidade e confiança”, que considera como “a maior garantia de podermos augurar que se trata de um interregno e que, dentro de pouco tempo, estaremos em velocidade de cruzeiro”.
Nas últimas décadas, o país tem tido “uma linha consistente e previsível” sobre a sua aposta, tanto “do ponto de vista do crescimento do mercado interno”, mas “muito em particular do trabalho desenvolvido no posicionamento dos mercados externos”.
Neste momento, a marca Portugal está presente em 25 mercados. “Todos sentimos que o [ano] 2025, neste primeiro trimestre, está a apresentar resultados comparativos com o período homólogo, pelo menos, idênticos e, em alguns casos, até acima desse crescimento”, indicou Pedro Machado.
O secretário de Estado do Turismo referiu também a necessidade de “crescer em valor”, que, a seu ver, passa não só por ver “reconhecido o mérito e a componente económica daqueles que trabalham no setor”, mas também a nível do público final, para que Portugal “traduza esse crescimento em valor e equilíbrio com o território nacional”.
Pedro Machado destacou também a importância da “criação, retenção e dinamização deste talento”, nomeadamente do “músculo da atividade turística, que são as nossas empresas”.
“Temos a missão de criar as condições para que possam aumentar a sua competitividade, quer baixando impostos, agregando e reforçando instrumentos financeiros para que possamos aumentar a sua internacionalização, ou a própria criação de novos modelos de negócios – alguns até disruptivos”, acrescentou o governante, defendendo que “não devemos ter medo da disrupção”.