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Retorno do turismo aos níveis pré-pandemia só em 2023

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A consultora EY divulgou esta sexta-feira, dia 23 de julho, um relatório onde refere que o turismo só irá voltar aos níveis anteriores à pandemia de covid-19 em 2023.

“Em linha com o que os líderes do setor têm vindo a indicar, parece-nos prudente considerar que uma certa normalização e o retorno aos níveis de atividade pré-pandemia só acontecerá a partir de 2023”, como se pode ler no estudo “Conhecer os desafios ajuda a encontrar o caminho?”, revelado esta sexta-feira pela consultora e citado pela Lusa.

Segundo a consultora, “o principal desafio para a recuperação do turismo é o receio de viajar, agravado com as sucessivas mutações dos vírus e os avanços e recuos nas políticas de restrições de viagens”.

O texto presente no estudo, assinado por Luís Rosado, sócio e líder da EY para o imobiliário, hospitalidade e construção, salienta ainda que “a robustez financeira de algumas empresas e as soluções de apoio público têm sido fatores fundamentais para a sobrevivência das empresas” do setor.

A EY antevê ainda que “parece consensual que o avançar do processo de vacinação dará confiança aos viajantes e resultará em políticas mais revisíveis, com a disponibilização de certificados digitais e a manutenção de processos de testagem massiva a contribuírem para um aumento gradual da mobilidade”.

No entanto, há uma “expectativa de que a recuperação do turismo seja bastante mais demorada do que noutras atividades”, o que “vai implicar enormes desafios em matéria de solvabilidade e liquidez, tornando essencial a continuidade de apoios públicos ao setor até haver uma retoma firme”.

A consultora considera ser importante “assegurar a manutenção de capacidade – empresas e recursos especializados – que permitam aproveitar ao máximo o regresso dos turistas internacionais”.

Quanto a outras questões no setor, a EY aponta ao “crónico problema de qualificação, atração e retenção de talento” no turismo, apelando para uma “concertação do setor no sentido da criação de um ‘talent hub’ [centro de talento], com a maior qualificação a permitir reter recursos e, igualmente importante, a aumentar o nível geral da qualidade da oferta e apoiar a consequente subida de preços e do valor acrescentado pelo setor”.

A EY denota também que continuou o “movimento de concentração de negócios e crescimento inorgânico dos grandes grupos empresariais no setor do turismo, sendo mesmo potenciado pela menor robustez financeira de algumas empresas que acabaram por ser transacionadas”.

“Por outro lado, a importância da estratégia de diversificação de risco das empresas do setor, nomeadamente da hotelaria, saiu reforçada no contexto da pandemia através da atribuição de usos diversos aos edifícios”, como por exemplo através de espaços de trabalho (‘co-work’).

No que diz respeito à sustentabilidade a EY considera que é um assunto que “exige uma colaboração entre políticas públicas e agentes privados em que evitem as tentações de foco nos ganhos imediatos e todos atuem no sentido da criação de valor a longo prazo”.

A EY conclui que “o final da pandemia está no horizonte, mas o setor do turismo será talvez aquele em que a recuperação será mais lenta. A existência de medidas de apoio ao setor será fundamental para assegurar a existência de capacidade no pós-pandemia e o reforço da competitividade do setor”.

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